O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou em transmissão ao vivo que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro só aconteceu devido à “covardia” e “omissão” do Senado Federal. A declaração foi feita no sábado (22), horas após a detenção ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Em uma live transmitida logo após a prisão de Jair Bolsonaro, Abílio Brunini afirmou que “se o Bolsonaro está preso, é porque o Senado é covarde, omisso. É por isso que o Bolsonaro está preso. Porque um Senado que se posiciona já teria parado essa ação ilegítima, essa ação ilegal e abusiva. Mas um Senado omisso faz isso.” O prefeito demonstrou irritação ao comentar que havia pessoas comemorando nas redes sociais.
Antes de ampliar as críticas ao Congresso, Abílio defendeu que a escolha dos próximos senadores deve priorizar “coragem” e firmeza política. Segundo ele, apenas parlamentares dispostos a enfrentar o Supremo Tribunal Federal (STF) poderiam, em sua avaliação, impedir decisões que considera “ilegítimas” ou “abusivas”. O prefeito também acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “colocar aliados no STF” para garantir proteção futura.
Bolsonaro foi detido em Brasília no sábado (22), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, e está preso na sede da Polícia Federal após admitir ter tentado violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Na segunda-feira (24), a Primeira Turma do STF manteve por unanimidade a prisão preventiva.
Abílio voltou a alertar para o risco de uma anistia no Congresso e para a possibilidade de o STF anulá-la. “Nós devemos entender que o momento da reação é sim impedir a anistia no Congresso. Mas do jeito que as coisas estão no Brasil, é bem capaz do Congresso aprovar a anistia e o Supremo anular”, disse. Ele enfatizou que as eleições de 2026 serão decisivas para redefinir o papel dos senadores:
“Então, nós temos as eleições de 2026 para escolher imediatamente os nossos senadores. Tenham razão, racionalidade. Escolha quem tem coragem. A nossa prioridade para escolher senador deve ser quem tem coragem, quem vai se posicionar, quem não ficará em cima do muro.”
Abílio concluiu pedindo aos eleitores, especialmente os de direita, que priorizem nas urnas candidatos ao Senado que, na visão dele, não se furtem a enfrentar o STF e a defender o que consideram legítimo.
