A Polícia Civil elucidou o homicídio do jovem João Pedro Cristino de Freitas, de 17 anos, encontrado morto na manhã desta quarta-feira (24), em Mirassol D’Oeste. A operação resultou na prisão de um homem de 42 anos, de uma mulher de 46, além da apreensão de um menor de idade de 17 anos.
O corpo foi localizado por volta das 8h30, em uma região conhecida como Morro do Calango. A vítima estava enrolada em lençóis e apresentava um profundo corte no pescoço, indício de ataque com objeto cortante.
Com apoio da inteligência do 17º Batalhão da Polícia Militar, os investigadores identificaram o veículo utilizado para atrair João Pedro — um Peugeot 206 prata — que foi usado para levá-lo de um bar até uma quitinete, onde ocorreu o crime.
De acordo com as apurações, na residência, o adolescente foi enforcado por dois envolvidos: um jovem de 20 anos e outro de 17, ambos ligados a uma facção criminosa. A companheira do motorista estava no carro durante toda a ação e também acabou presa.
Após a execução, o corpo foi colocado no banco traseiro do automóvel, enrolado em lençóis, e transportado até o Morro do Calango, onde foi abandonado. Em seguida, um dos suspeitos fugiu para Araputanga e o outro para Cuiabá.
Durante diligências, os policiais localizaram o menor envolvido em Araputanga. Ao perceber a chegada da equipe, ele tentou se esconder dentro de uma casa, mas foi apreendido e levado inicialmente para a Delegacia de Araputanga, sendo depois transferido para Mirassol D’Oeste.
O outro acusado direto pelo homicídio, de 20 anos, segue foragido. A Polícia Civil mantém as buscas para prendê-lo.
O delegado Gustavo Ataíde, responsável pelo caso, explicou que João Pedro foi executado por integrantes da própria facção a que estava ligado.
“Eles acreditavam que o rapaz havia traído o grupo, mas não existe nenhuma prova disso. A morte aconteceu apenas com base em suspeitas infundadas. Foi uma execução covarde, feita pelos próprios ‘aliados’ dele”, afirmou o delegado.