Cuiabá terá ato contra a PEC da Blindagem neste domingo; pesquisas indicam rejeição popular

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Mobilização já anuncia protestos contra a proposta de anistiar condenados pelos atos de 8 de janeiro e a PEC que amplia privilégios a políticos Foto: Agência Brasil/EBC
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Cuiabá se prepara para receber, neste domingo (21), uma das mobilizações nacionais contra a chamada PEC da Blindagem, proposta de emenda constitucional que amplia o foro privilegiado e dificulta investigações criminais contra deputados e senadores. Na capital mato-grossense, os manifestantes irão se reunir pela manhã na Praça Cultural do CPA, ponto tradicional de concentração de atos populares.

O movimento faz parte de uma articulação em todo o país, que levará milhares de pessoas às ruas em diversas capitais. Em Cuiabá, lideranças estudantis, entidades sindicais e coletivos sociais convocaram a população a participar do ato, com palavras de ordem em defesa da democracia e contra o que consideram um retrocesso institucional.

As críticas à PEC se concentram na previsão de que investigações contra parlamentares só possam avançar com autorização da Câmara ou do Senado, na ampliação do foro privilegiado para dirigentes partidários e na possibilidade de votações secretas para decidir sobre processos. Para os organizadores, tais medidas criam um “escudo institucional” que favorece a impunidade.

O movimento ganha força amparado por pesquisas recentes de opinião pública. Levantamentos indicam que a maioria dos brasileiros rejeita a proposta, chegando a índices próximos de três em cada quatro entrevistados contrários à exigência de aval do Congresso para investigações. Nas redes sociais, mais de 80% das manifestações também são críticas à PEC.

Em Cuiabá, os organizadores reforçam que o ato deste domingo será pacífico e aberto a toda a população, com atividades culturais, falas de representantes de diferentes setores e distribuição de materiais informativos. O objetivo é pressionar o Senado a rejeitar a proposta, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

Enquanto defensores da PEC afirmam que a medida é necessária para resguardar parlamentares de perseguições políticas, opositores alertam que ela representa um retrocesso grave no combate à corrupção e na igualdade de todos perante a lei.

Na capital mato-grossense, o encontro na Praça Cultural do CPA promete ser um dos pontos de destaque do movimento nacional, ecoando a insatisfação popular diante de tentativas de blindagem política. Para os organizadores, a mensagem que deve marcar o dia é clara: nenhum parlamentar pode estar acima da lei.