Desembargador destaca retorno de Juanita Cruz ao TJMT como exemplo de superação

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Foto: Alair Ribeiro/TJMT

Durante a sessão desta quinta-feira (22), que marcou a eleição de Juanita Cruz da Silva Clait Duarte para o cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o desembargador Marcos Machado elogiou a trajetória da nova magistrada, definindo-a como um “exemplo de persistência e de resiliência”.

Juanita passou mais de uma década afastada do Judiciário, após ter sido aposentada compulsoriamente em 2010 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no contexto do chamado Escândalo da Maçonaria — um dos maiores episódios de crise institucional já enfrentados pelo TJMT. Sua reintegração ao cargo se deu apenas em 2022, após decisões favoráveis no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Juanita passou por uma situação pessoal que, para todos que a conheciam, soava como uma injustiça terrível”, declarou Marcos Machado, ao recordar os momentos difíceis enfrentados pela colega. Ele relembrou conversas pessoais com a magistrada ao longo dos anos, nas quais ela demonstrava desânimo com o futuro da sua carreira. “Ela fraquejou em alguns momentos e dizia: ‘olha, eu não quero mais, não volto mais’. Mas eu dizia: ‘Juanita, você não tem fé?’”.

Machado destacou que a eleição de Juanita representa uma vitória após um “percurso íngreme, tortuoso e exaustivo”. A eleição foi realizada pelo Órgão Especial do TJMT, após a abertura da vaga deixada com a aposentadoria da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, no início de maio. Além de Juanita, concorreram à cadeira os juízes Abel Balbino Guimarães, Ester Belém Nunes e Sérgio Valério. A vaga era destinada exclusivamente a magistrados de carreira, que ingressaram por concurso público.

A escolha de Juanita Cruz simboliza não apenas sua volta ao mais alto posto do Judiciário mato-grossense, mas também a superação de um dos capítulos mais turbulentos da história da corte.

FONTE – RESUMO