A Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo, acusando-os de coação processual. De acordo com a acusação, os dois atuaram com o objetivo de impedir a condenação de Jair Bolsonaro, utilizando discursos e gestos para pressionar julgadores e criar um clima de intimidação.
A denúncia aponta que Eduardo e Figueiredo fizeram declarações públicas sugerindo a possibilidade de sanções internacionais e represálias externas que poderiam atingir tanto o Brasil quanto autoridades responsáveis pelos julgamentos. Segundo o Ministério Público, eles buscavam transmitir a ideia de que apenas eles poderiam reverter tais medidas, condicionando assim o comportamento de magistrados e autoridades.
O procurador-geral destacou que a atuação dos acusados foi planejada para gerar instabilidade e temor, projetando sobre os julgadores a perspectiva de punições externas e sobre a população a sensação de um país isolado e enfraquecido.
Com a denúncia, o Supremo deverá decidir se os dois responderão pelo crime de coação no curso do processo, que prevê pena de um a quatro anos de prisão, além de multa. O caso se insere nas investigações sobre os atos antidemocráticos ocorridos após as eleições de 2022, que seguem trazendo tensão ao cenário político e institucional do país.