A Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá condenou quatro pessoas, incluindo um ex-servidor do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran), por envolvimento em um esquema de fraudes relacionadas a carretinhas. As alterações fraudulentas permitiram a liberação de R$ 906 mil em financiamentos, usando carretinhas modificadas como garantias para empréstimos.
Os condenados incluem Dakari Fernandes Tessmann, ex-coordenador das Ciretrans e ex-diretor de Veículos do Detran, que recebeu vantagens indevidas para alterar dados no Sistema de Informações do Detran. Ele foi responsável por transformar dados de reboques de pequeno porte em reboques de grande porte. Mário Roger Mancuso, Clésio Marcos de Jesus e Noésio Peres da Costa também participaram da fraude, com Clésio e Noésio adquirindo as carretinhas e Mário Mancuso intermediando as transações.
De acordo com o Ministério Público, Dakari recebeu cerca de R$ 6.300 para promover as alterações no sistema, que envolviam a falsificação de Certificados de Registro de Veículo (CRV) para obter financiamentos fraudulento junto a instituições bancárias. No total, 13 carretinhas alteradas foram utilizadas para obter financiamentos de alto valor.
As sanções impostas foram severas: Dakari Fernandes Tessmann perdeu o cargo público e foi condenado a uma série de penalidades, incluindo a suspensão dos direitos políticos por 8 anos, multa de R$ 18,9 mil, e proibição de contratar com o Poder Público por 10 anos. Clésio e Noésio também receberam penas semelhantes, enquanto Mário Mancuso teve sua pena atenuada devido à colaboração com a investigação, com uma suspensão de 5 anos de direitos políticos e multa de R$ 4 mil.
Essa decisão reflete o comprometimento da Justiça em punir fraudes que envolvem corrupção e danos às instituições financeiras, com a tentativa de garantir maior transparência e controle no sistema público de trânsito.
FONTE – RESUMO