A Polícia Federal apontou, em laudo pericial, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é portador de hérnia inguinal bilateral e necessita de cirurgia em caráter eletivo. No que diz respeito ao quadro de soluços, a perícia oficial confirmou que o “bloqueio do nervo frênico é tecnicamente pertinente” e a necessidade de procedimento cirúrgico.
“Esta Junta Médica entende que deve ser realizado o mais breve possível, haja vista a refratariedade aos tratamentos instituídos, a piora do sono e da alimentação, além de acelerar o risco das complicações do quadro herniário, em decorrência do aumento da pressão intra-abdominal”, diz conclusão da PF, enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (19/12).
Segundo constatou junta médica da PF, após perícia em exames e no ex-presidente, Bolsonaro “é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita reparo cirúrgico em caráter eletivo”.
O advogado Paulo Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, se manifestou após o envio da perícia. “O laudo da Polícia Federal, não poderia ser diferente, ratificou o diagnóstico dos dois médicos, de sorte que a internação para a realização das cirurgias há de ser deferida pelo Ministro relator”, assinalou.
Perícia
Bolsonaro passou por perícia médica na última quarta-feira (17/12), no complexo da Superintendência Regional da Polícia Federal. A perícia foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que também solicitou o envio dos exames e laudos médicos apresentados pela defesa do ex-presidente para análise de peritos da Polícia Federal (PF).
Os exames e os documentos apresentados pela defesa, junto à avaliação do estado de saúde de Bolsonaro, foram analisados para a elaboração do laudo.
Pedido de cirurgia
Os advogados de Bolsonaro solicitaram ao ministro do STF autorização para “realização urgente de procedimento cirúrgico”. O exame de ultrassom feito no último domingo (14/12), segundo a equipe, identificou duas hérnias inguinais. A cirurgia, recomendada pela equipe médica, não pode ser realizada em ambiente prisional. O tempo estimado de permanência no hospital varia entre 5 e 7 dias.














