Mãe é presa por tortura após enviar filho com braço quebrado para creche usando blusa de frio

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ALMT

Uma mulher foi presa em flagrante pela Polícia Civil, na última sexta-feira (9), em Várzea Grande (MT), sob suspeita de tortura contra o próprio filho, de apenas dois anos de idade. A prisão foi efetuada por agentes da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso (DEDMCI), com apoio do Conselho Tutelar.

Segundo a polícia, a criança deu entrada no Pronto Socorro de Várzea Grande com uma fratura grave no braço, e mesmo durante o atendimento hospitalar, a mãe teria continuado a agredir o menino com tapas e beliscões, além de retirar o acesso venoso usado para medicação. A situação alarmou os profissionais de saúde e acionou o Conselho Tutelar.

As agressões ocorreram no município de Santo Antônio de Leverger, onde a mulher vive com o filho e outros familiares. De acordo com o relato da mãe, o menino teria caído em casa sete dias antes, mas ela não procurou atendimento médico, alegando que o dia era feriado. Em vez disso, mandou o filho para a creche vestindo uma blusa de frio, numa tentativa de ocultar o ferimento.

Na unidade escolar, educadores notaram que a criança chorava constantemente e estava com o braço visivelmente inchado. O caso foi imediatamente comunicado ao Conselho Tutelar, que obrigou a mãe a levar o menino ao hospital, onde os exames constataram a necessidade de cirurgia. Além da fratura, a criança apresentava sinais de violência física, como hematomas, olho roxo, unhas marcadas na barriga, queimaduras de cigarro e mordidas.

A delegada Jéssica Cristina de Assis, responsável pela investigação, afirmou que os prontuários médicos e o quadro clínico da criança evidenciam um padrão de agressões contínuas. “Mesmo hospitalizada com o filho, a mãe continuava cometendo abusos. O sofrimento imposto à vítima era extremo, colocando sua vida em risco”, declarou.

A mulher foi levada à Delegacia da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande, onde foi autuada em flagrante por tortura na modalidade castigo. A delegada representou junto ao Poder Judiciário pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.

FONTE – RESUMO