Mato Grosso reduz em 50% as mortes por hepatite C em uma década, aponta Ministério da Saúde

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Foto: Cesar Lopes/PMPA
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Mato Grosso registrou uma queda de 50% nas mortes por hepatite C entre 2014 e 2024, passando de 22 para 11 óbitos, segundo dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado pelo Ministério da Saúde. No mesmo período, os óbitos por hepatite B também apresentaram redução, caindo de 12 para 9 — uma diminuição de 25%.

Apesar dos avanços, o Ministério reforça a importância de ampliar a testagem e garantir maior adesão ao tratamento, especialmente nos casos de hepatite B, cuja cura ainda não é possível, mas pode ser controlada com medicamentos e vacinação.

“O Brasil tem o maior sistema público de vacinação do mundo e oferece testagem e tratamento gratuitamente. É fundamental que a população busque o diagnóstico precoce, pois temos todas as ferramentas para enfrentar as hepatites virais”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Uma das novidades anunciadas pelo Ministério é o lançamento de uma plataforma digital de monitoramento, que permite acompanhar, por estado e município, o número de diagnósticos, início de tratamentos e tempo médio de acompanhamento dos casos de hepatite B e C. O sistema segue o modelo da bem-sucedida estratégia nacional de enfrentamento ao HIV.

Em Mato Grosso, 3.930 pessoas foram indicadas para tratamento da hepatite B, mas apenas 1.216 iniciaram acompanhamento. Em relação à hepatite C, das 152 pessoas com indicação para tratamento, 105 começaram a terapia.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testes rápidos e laboratoriais de forma gratuita nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A recomendação é que todas as pessoas com mais de 20 anos façam o teste pelo menos uma vez.

O tratamento para hepatite B inclui medicamentos como alfapeginterferona, tenofovir desoproxila (TDF), entecavir e tenofovir alafenamida (TAF). Já a hepatite C é tratada com antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura superiores a 95%.

A vacinação continua sendo o método mais eficaz de prevenção. A vacina contra hepatite A é aplicada em dose única aos 15 meses, e em esquema de duas doses para grupos especiais. A imunização contra a hepatite B segue o calendário com quatro doses na infância e está disponível para adultos não vacinados.

O Ministério da Saúde também reforça medidas complementares de prevenção, como uso de preservativos, não compartilhamento de objetos cortantes ou perfurantes e higienização adequada das mãos. Todos os insumos estão disponíveis gratuitamente pelo SUS.

Para a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, os resultados reforçam que o país está no caminho certo para eliminar as hepatites como problema de saúde pública. “A hepatite B ainda não tem cura, mas é controlável com vacinação. Os dados mostram que é possível avançar ainda mais”, concluiu.

FONTE – RESUMO

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