Mato Grosso registrou avanços significativos na redução da desigualdade social e na distribuição de renda em 2024, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), divulgados pelo IBGE na última quinta-feira (8). O estado alcançou o segundo menor Índice de Gini do país, com 0,442, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que obteve 0,431. Quanto mais próximo de zero o índice, menor é o nível de desigualdade.
Além do desempenho positivo no indicador de desigualdade, Mato Grosso também aparece entre os estados com menor dependência de programas sociais. Apenas 6,9% da população recebe rendimentos provenientes de benefícios governamentais, como o Bolsa Família — percentual abaixo da média nacional, que é de 9,2%.
O rendimento médio mensal real domiciliar per capita no estado atingiu R$ 2.235 em 2024, o maior valor desde o início da série histórica, em 2012. O crescimento em relação ao ano anterior foi de 9,9%. No entanto, os dados ainda revelam uma disparidade relevante entre os domicílios beneficiados por programas sociais e os que não recebem auxílio: entre os que integram o Bolsa Família, a renda per capita foi de R$ 968, contra R$ 2.522 nas demais residências.
Outro dado relevante é a relação entre os 10% mais ricos e os 40% mais pobres da população, que caiu de 9,8 vezes em 2023 para 9,3 vezes em 2024. Apesar de ainda elevada, a diferença aponta uma tendência de redução na concentração de renda.
O rendimento médio mensal dos 40% com menor renda também coloca Mato Grosso em destaque nacional. Com R$ 824, o valor supera a média brasileira (R$ 601) e posiciona o estado como o quinto melhor colocado nesse indicador.
FONTE – RESUMO