O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), criticou duramente a antecipação do debate eleitoral e o acirramento da polarização política entre direita e esquerda. Segundo ele, essa antecipação tem ofuscado discussões relevantes e prejudicado o enfrentamento dos problemas estruturais do Brasil.
“Eu lamento, porque é muito ruim isso para o Brasil. O país fica discutindo muito esse negócio de direita, de esquerda, nome A, nome B, nome C. E os grandes e graves problemas do país não são discutidos. Só o nome não vai resolver — e não resolveu até hoje”, afirmou Mendes em declaração recente.
Para o chefe do Executivo estadual, o foco excessivo em nomes e posicionamentos ideológicos tem desviado a atenção de temas como o descontrole de gastos públicos e o déficit financeiro. Ele alertou que a má gestão fiscal afeta diretamente a população, contribuindo para o aumento dos juros e encarecendo o custo de vida. “Não adianta fazer medidas que no primeiro momento parecem boas. No segundo, você dá com uma mão e tira com a outra”, criticou.
Mauro também fez um apelo por mais responsabilidade da classe política e da sociedade civil, defendendo a superação da dicotomia ideológica. “Falta mais seriedade, falta mais foco, tanto da parte política quanto do cidadão. Não adianta ficar preso nesse pêndulo de direita e esquerda, como se isso resolvesse os problemas do país”, disse.
Sucessão em Mato Grosso
No cenário estadual, Mendes voltou a defender o nome de seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), como possível sucessor no Palácio Paiaguás. No entanto, reforçou que a escolha será construída em diálogo dentro do União Brasil, partido ao qual pertence, e que ainda não há decisões fechadas.
“Nem começaram as discussões. Ainda falta um ano para as desincompatibilizações e um ano e meio para as eleições. Todos os membros do partido têm direito a opinar. Essas opiniões precisam ser respeitadas. Qualquer candidato que quiser se posicionar terá seu espaço garantido e respeitado”, declarou.
FONTE – RESUMO