O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), afirmou que não será simples chegar a um consenso sobre a denominação do Hospital Central, que deve ser entregue pelo governo até o fim do ano. A solução para o impasse deve ocorrer na próxima quarta-feira (22), quando será votado em plenário o projeto de lei que denomina o local como Pastor Sebastião, avô do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL).
Segundo ele, o tema tem gerado intensos debates entre os parlamentares e vem sendo discutido em reuniões do Colégio de Líderes para tentar uma definição.
“Um dos projetos prioritários que a gente vai fazer é o debate sobre o Hospital Central. Existem vários projetos de leis com vários nomes, com várias denominações. Todos são nomes importantes, pessoas que contribuíram com Mato Grosso, com Cuiabá, com a saúde pública e que mereciam essa homenagem”, destacou.
O presidente da Casa explicou que defende a manutenção do nome “Hospital Central” e sugere que as alas do prédio recebam denominações em homenagem a figuras que marcaram a história do Estado.
“Eu estou defendendo, particularmente, que continue o nome do Hospital Central e que as alas sejam iluminadas. Nós temos várias alas lá, dá para a gente homenagear todos os nomes que vieram e que foram apresentados dentro da Assembleia, cada um com a sua ala, cada um com o seu respaldo, e continuar, referendar o nome do Hospital Central, que já é um nome conhecido e que nós, de forma nenhuma, estaríamos desmerecendo qualquer um dos homenageados pelos deputados”, afirmou.
A polêmica começou no início do ano, após o deputado Thiago Silva (MDB) apresentar um projeto de lei que propõe nomear o hospital em homenagem ao pastor Sebastião Rodrigues de Souza, da Assembleia de Deus. A proposta dividiu opiniões dentro do Parlamento, especialmente entre os deputados ligados à área da saúde, que defendem que o nome da unidade seja de um profissional do setor.
Russi reforçou que o diálogo entre os parlamentares segue em andamento, mas reconheceu que o consenso é difícil.
“O debate está intenso. É por isso o Colégio de Líderes, para a gente evitar um debate mais acalorado, tentar entrar num consenso e trabalhar isso dentro do Parlamento. Não acho fácil esse consenso, mas, como presidente, eu tenho a obrigação de tentar trabalhar essa opção”, pontuou.
“Vou trabalhar isso conversando com os deputados, cada um defendendo o seu ponto de vista, e tentar chegar, se não no consenso, numa maioria, para que a gente possa votar esse projeto e resolver. Até porque o hospital vai ser inaugurado daqui a uns dias e a gente já poderia começar com as alas pintadas, com os nomes pintados, com as homenagens feitas, até valorizando ainda mais essa inauguração”, completou.