O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), ironizou a ausência do secretário de Fazenda, Rogério Gallo, em audiência pública que discutia o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026. Para o parlamentar, Gallo “talvez não tenha comparecido porque é difícil explicar” os números da proposta, que prevê receita e despesa de R$ 40,7 bilhões para o próximo ano.
A audiência, realizada nesta quarta-feira (6) e comandada pelo deputado Eduardo Botelho (União), tinha como objetivo discutir os detalhes da proposta orçamentária do governo Mauro Mendes (União). A ausência do secretário foi criticada por parlamentares, que apontaram inconsistências na peça enviada ao Legislativo, especialmente no orçamento destinado à Saúde, que estaria R$ 1,3 bilhão abaixo do gasto atual.
Russi destacou que o secretário de Fazenda tem “obrigação” de comparecer à Assembleia para justificar a proposta e detalhar como os valores foram definidos. “É difícil… talvez ele não veio porque é difícil explicar. Talvez o Botelho esteja querendo alguma explicação mais firme do próprio secretário no sentido de mostrar por que a peça orçamentária é construída dessa forma. Nada melhor do que o secretário falar como eles conceberam isso, qual a estratégia, de onde vêm os valores e por que, por exemplo, a Saúde já começa com R$ 1,3 bilhão a menos do que vai gastar em 2025”, ironizou o presidente da ALMT.
O parlamentar defendeu ainda que, caso Gallo não participe da próxima audiência, o debate seja suspenso. “Esperamos que na segunda audiência, se o secretário não vier, a comissão não realize a audiência. […] Eu acho que não foi legal. Acho que ele tem a obrigação, como secretário, de estar presente. Eu, no lugar do Botelho, até porque o Botelho fez essa convocação e queria muito a presença dele aqui, sinceramente, eu teria até adiado a audiência”, completou.
Com informações: Olhar Direto
