Motta desiste de levar caso Ramagem ao plenário; decisão será da Mesa

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Gustavo Moreno/STF
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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), desistiu de levar para votação em plenário o pedido de perda do mandato do deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo STF por envolvimento na trama golpista.

Segundo líderes aliados de Motta, o presidente da Câmara definiu que a perda de mandato de Ramagem será decidida pela Mesa Diretora da Casa, como o Supremo definiu em relação ao mandato da agora ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP).

A ideia de Motta com a decisão, segundo aliados, é baixar a temperatura com o STF, que aumentou nas últimas semanas tanto por causa do caso Zambelli, quanto pela operação da Polícia Federal contra uma ex-assessora de Arthur Lira (PP-AL).

Assim, a Mesa Diretora da Câmara deverá definir, nos próximos dias, pela cassação tanto de Ramagem quanto de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que já alcançou o número de faltas em sessões suficiente para perder o mandato de deputado.

Decisão de Motta surpreende PL

A decisão de Motta de não levar o caso de Ramagem ao plenário surpreendeu integrantes do PL, partido de bolsonarista. À coluna, o líder da sigla na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), disse ainda não ter sido avisado.

Sóstenes afirmou ter conversado “bastante” com o presidente da Câmara na segunda-feira (15/12), mas que Motta não tocou no assunto Ramagem. O líder ressaltou, porém, não estranhar a decisão. “Eu sei que ele é capaz de fazer isso, sim”, disse.