O vereador Fellipe Correa (PL) se pronunciou nesta terça-feira (3) sobre a possibilidade de cassação do também vereador Chico 2000 (PL), que reassumiu recentemente o mandato após decisão judicial no âmbito da Operação Perfídia.
Ao ser questionado se a situação atual representaria uma inversão de papéis — já que o prefeito Abilio Brunini (PL) chegou a ter o mandato cassado quando ainda era vereador e Chico era aliado próximo do então prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) —, Correa resumiu: “o chicote troca de mão”.
Durante a entrevista, o parlamentar também esclareceu sua posição em relação à proposta de Emenda à Lei Orgânica apresentada por Demilson Nogueira (PP), que pretende aumentar o quórum necessário para cassação de vereadores, passando de maioria absoluta para dois terços.
Segundo Correa, sua assinatura no documento foi lançada por engano por sua equipe, durante um mutirão de protocolos. Ele disse que não chegou a analisar o texto antes e solicitou a retirada do apoio.
— Por que retirei a minha assinatura? Porque não fiz a devida análise do projeto. Uma coisa é assinar para protocolar, outra é votar em plenário. Se tivesse que votar, eu teria que estudar antes. Esse tipo de proposta pode passar uma mensagem confusa ou até negativa à população, dando a entender que o objetivo seria blindar vereadores — declarou em entrevista ao programa Jornal do Meio-dia, da TV Vila Real.
Correa relatou ainda que recebeu várias mensagens de eleitores desaprovando sua adesão à proposta. “Quero reforçar que não sou contra o projeto, mas minha assinatura foi um erro. Já corrigi e retirei. Peço desculpas aos meus eleitores, porque realmente não tínhamos ciência do conteúdo.”
Assinaturas em debate
Além de Correa, também a presidente da Câmara, Paula Calil (PL), e o vereador Gustavo Padilha (PSB) solicitaram a retirada de suas assinaturas. Com isso, o documento segue em tramitação com nove apoiadores — o número mínimo necessário para não ser arquivado.
A emenda de autoria de Demilson Nogueira foi apresentada no mesmo dia em que Chico 2000 obteve na Justiça o direito de retornar ao cargo, após quatro meses afastado. O protocolo da proposta gerou críticas justamente por coincidir com as discussões sobre a permanência de parlamentares investigados na Operação Perfídia.
Com Informações do Olhar Direto
