A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quinta-feira (14), a Operação Datar, com o objetivo de desmantelar um sofisticado esquema criminoso ligado à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A ação resultou na prisão de sete pessoas e no cumprimento de 67 ordens judiciais, entre elas mandados de prisão, buscas domiciliares e bloqueios de contas bancárias.
A investigação foi conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), que identificou transações financeiras milionárias associadas ao tráfico, envolvendo suspeitos não apenas em Mato Grosso, mas também nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Os integrantes do grupo movimentaram valores que ultrapassam R$ 185 milhões, conforme apontam os levantamentos.
Entre os alvos estão moradores de Cuiabá, Primavera do Leste, São Paulo e Dourados (MS). As medidas judiciais incluem sete prisões preventivas, 11 medidas cautelares diversas da prisão, 14 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de 19 contas bancárias e o sequestro de 16 veículos.
Segundo a Polícia Civil, os investigados, inclusive familiares, realizavam movimentações financeiras vultosas sem comprovação de origem lícita. Parte dos recursos era fracionada e circulava entre contas de pessoas físicas e jurídicas para mascarar sua verdadeira procedência.
O principal alvo da operação já havia sido preso em uma investigação anterior da Denarc. Agora, a ofensiva busca atingir o restante da organização criminosa.
“O objetivo é interromper o fluxo financeiro do grupo criminoso, ampliando o alcance das ações repressivas contra o crime organizado em Mato Grosso”, explicou o delegado André Rigonato, responsável pelas investigações.
A operação teve apoio da Diretoria de Atividades Especiais (DAE), além de equipes da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), Delegacia de Meio Ambiente (Dema), e da Delegacia de Primavera do Leste. Também colaboraram as Polícias Civis de São Paulo e Mato Grosso do Sul, por meio das unidades de São José dos Campos (SP) e Dourados (MS).
As investigações continuam com a análise do material apreendido e a identificação de outros possíveis envolvidos.
FONTE – RESUMO
