O juiz Pierro Faria Mendes, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, manteve a prisão temporária de Raylton Duarte Mourão, policial militar que confessou o assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, executada a tiros no último dia 11 de setembro, em VG.
Em decisão proferida nesta segunda-feira (22), o magistrado decidiu manter Rayton detido no 1º Batalhão da Polícia Militar de Cuiabá, onde ele mesmo se apresentou neste domingo após ficar dias foragido. Sua esposa, Aline Valado Kounz, suspeita de envolvimento no crime, segue foragida.
Na ordem, o juiz oficiou a Diretoria da unidade prisional e a Secretaria Municipal da Saúde de onde o custodiado for recolhido para que, em 10 dias, lhe forneça o tratamento adequado, uma vez que ele declarou estar fazendo tratamento psiquiátrico (síndrome do pânico, depressão e outros transtornos).
Em depoimento prestado na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Raylton afirmou que desconhece o paradeiro de Aline, que não se apresenta há amis de 10 dias. Sua participação na empreitada ainda não foi desvendada e segue sendo investigada.
Após se apresentar no batalhão, Raylton confessou que puxou o gatilho para assassinar Rozeli, alvejada por pelo menos seis tiros.
De acordo com a investigação, o casal, Raylton e Aline, é suspeito de encomendar a execução em razão de um processo judicial envolvendo um acidente de trânsito. A vítima havia solicitado R$ 24 mil de indenização após o policial se recusar a arcar com os danos de seu carro — avaliados em cerca de R$ 9 mil — provocados por um caminhão da empresa do militar.
Roseli foi morta dentro do seu carro enquanto saía para trabalhar no dia 11 de setembro. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens em uma motocicleta atiraram contra a mulher, que estava dentro de seu carro. Um deles era Raylton.
Roseli era casada com um caminhoneiro que estava em viagem a Sorriso no momento do crime. O casal tem dois filhos, de 6 e 13 anos. O caso segue sob investigação.
