O presidente do PV em Mato Grosso, José Roberto Stopa, ironizou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o episódio pode influenciar o processo eleitoral de 2026.
Para ele, o caso envolvendo a tornozeleira eletrônica não deixa margem para outras interpretações.
“Só louco tenta burlar ou retirar a tornozeleira. Isso é fato”, declarou.
Stopa citou a versão apresentada por aliados de Bolsonaro, que atribuem o ato a um suposto surto provocado por crises de ansiedade e uso de medicamentos. Ele ponderou que a tese precisa ser analisada tecnicamente, mas reforçou que o dado concreto é a tentativa de danificar o equipamento.
“Obviamente, o fato real é que se tentou burlar o instrumento eletrônico que é a tornozeleira. (…) Para mim é muito claro isso daí, que a tornozeleira tentou ser burlada. E isso que causou a prisão do ex-presidente”, comentou.
Ele também ironizou teorias levantadas por apoiadores do ex-presidente nas redes sociais, que relacionaram o episódio ao número 22, utilizado pelo PL nas eleições.
“Às vezes a gente vê a discussão: ‘Ah, olha só, coincidentemente foi no dia 22, que é o número do PL’. Não tem coincidência. A coincidência que existe é que foi nesse dia que ele tentou burlar a tornozeleira, gente”, afirmou.
Stopa defendeu que o debate público precisa se afastar de narrativas de perseguição política. Ele repetiu que a investigação deve avaliar se houve surto, mas reforçou que isso cabe a médicos e perícia.
“Se ele vai provar realmente que teve um surto, que foi por medicamentos, aí é uma situação que tem que ser respeitada, analisada por médicos e a nível técnico”, disse.
Impacto eleitoral
O presidente do PV acredita que o episódio pode gerar reflexos nas eleições do próximo ano devido ao comportamento da base mais radical do bolsonarismo.
“Acredito, sim, que diante do radicalismo dos apaixonados, dos extremamente apaixonados por Bolsonaro, isso pode sim trazer alguma interferência no processo eleitoral”, avaliou.



























