O empresário Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, vítima de homicídio ocorrido em março deste ano em Sorriso (420 km de Cuiabá), pediu para não receber visitas da médica Sabrina Iara de Mello enquanto estava internado, antes de falecer. A informação foi confirmada nesta terça-feira (15) pelo delegado Bruno França, responsável pelo inquérito, durante coletiva de imprensa da Polícia Civil.
Ivan foi esfaqueado dentro de uma distribuidora de bebidas de propriedade de Gabriel Tacca — seu amigo pessoal e marido de Sabrina — e morreu semanas depois, em 13 de abril, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. A investigação aponta que o crime teve motivação passional: a vítima mantinha um relacionamento amoroso com a médica. Tacca, então, teria contratado o comerciante Danilo Guimarães para executar o homicídio e forjar uma briga no local.
Durante a coletiva, o delegado revelou que Ivan pediu explicitamente que Sabrina não o visitasse no hospital. “Mesmo com a negativa da vítima, ela insistia. Isso ainda está sendo apurado, mas, no prontuário, a causa da morte segue sendo complicações por golpes de arma branca”, explicou França.
Outro ponto-chave revelado na apuração é que, apenas quatro minutos após a entrada de Ivan no hospital, Sabrina chegou ao local. Se passando por “amiga”, ela teve acesso ao celular da vítima e apagou diversos conteúdos, incluindo mensagens, fotos e vídeos — entre eles uma gravação que mostraria o executor do crime.
A polícia afirma que a médica usou sua condição profissional para ter acesso à área restrita do centro cirúrgico e “resetou” o aparelho, eliminando provas cruciais. Sabrina nega envolvimento direto no homicídio, mas admitiu ter apagado os dados do celular.
A Operação Inimigo Íntimo, deflagrada nesta terça-feira, teve como alvos a médica, o empresário Gabriel Tacca (apontado como mandante do crime) e Danilo Guimarães (acusado de ser o executor).
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