“Cada um responde por seu CPF; não posso responder por outro”

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Foto: Alair Ribeiro/MidiaNews
CAMARA VG

Midia News

O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que não pode ser responsabilizado por eventuais atos ilegais praticados por membros de seu secretariado.

“No Brasil, desde a morte de Tiradentes, vigora o princípio da intranscendência (não herança criminal). Cada um responde pelo seu CPF. Eu não posso responder pelo que o outro faz”, disse o governador.

A declaração está relacionada aos desdobramentos das investigações que apuram um esquema de grampos clandestinos operado pela Polícia Militar em Mato Grosso.

O esquema levou à prisão membros do alto escalão do Governo, como os ex-secretários de Estado, Paulo Taques (Casa Civil), Evandro Lesco (Casa Militar), Airton Siqueira (Justiça e Direitos Humanos) e Rogers Jarbas (Segurança Pública), além do ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa.

Sobre as denúncias das escutas clandestinas em si, o governador disse que tem encarado os fatos com “total tranquilidade”.

“Quando eu decidi entrar na política, chamei a minha família e disse: ‘nós passaremos por momentos difíceis e enfrentaremos acusações, mas não vou esmorecer’. Eu tenho um compromisso com o povo de Mato Grosso e vou cumpri-lo. Agora, é certo que algumas pessoas não querem, mas podem ficar tranquilos, porque eu não desisto”, disse Taques.

 

Operação Esdras

A operação deflagrada pela Polícia Civil desbaratou o grupo acusado de montar uma estratégia para atrapalhar as investigações relacionadas aos grampos ilegais e obter a suspeição do desembargador Orlando Perri, até então relator do inquérito relativo ao caso.

Além dos ex-secretários de Taques, também tiveram a prisão decretada a personal trainer Helen Christy Carvalho Dias Lesco, esposa de Lesco; o major Michel Ferronato; o sargento João Ricardo Soler e o empresário José Marilson da Silva.

Pode decisão do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), todos os procedimentos investigatórios relacionados a possível prática de interceptação telefônica ilegal em Mato Grosso agora tramitam no STJ.

 

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