A Secretaria de Segurança Pública tem intensificado o trabalho ostensivo e investigativo no município de Colniza (a 1.065 km de Cuiabá) com a presença das unidades especializadas – Polícias Judiciária Civil e Militar, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Politec e Corpo de Bombeiros, além do monitoramento permanente na região por meio da agência de inteligência. A medida faz parte da operação integrada ‘Colniza Segura’, deflagrada no dia 18 de dezembro de 2017.
Com rondas constantes em ruas, avenidas, residências, estabelecimentos comerciais e área rural, o trabalho ostensivo e preventivo conta com equipes da Rotam, Força Tática, Bope, Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Garra. Durante a virada de ano, de 2017 para 2018, apenas duas ocorrências foram registradas.
Na prática, a Polícia Militar atua no policiamento ostensivo a pé, motorizado, nas modalidades de patrulhamento e permanência, em ações preventivas e repressivas imediatas.
Já a Polícia Judiciária Civil atua, por exemplo, com cumprimento de mandados de busca e apreensão e investigação criminal, bem como também em prisões preventivas. Também de forma Integrada com a PM em locais determinados para atuação.
O Ciopaer mantém uma equipe de prontidão para operações nos locais pré-determinados pelo planejamento das forças de segurança.
O secretário adjunto de Integração Operacional, coronel PM Jonildo Assis, destaca que aos poucos a cidade volta à normalidade. Ele ainda ressalta que a segurança pública está presente na região para garantir a paz social. “Com o reforço no policiamento e das tropas especializadas os moradores seguem vida normal. Foram tomadas medidas imediatas e com ações pontuais para garantir a segurança de toda população do município”.
Elucidação homicídio prefeito
Em rápida ação, 10 horas foi o tempo para elucidação e prisão de todos os envolvidos no homicídio do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes, e a tentativa de homicídio do secretário de Finanças do município, Admilson Ferreira dos Santos, ocorrido no mês passado.
Os criminosos, Zenilton Xavier de Almeida, Antônio Pereira Rodrigues Neto e Welisson Brito Silva foram presos em uma estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira (880 e 735 km a Noroeste da capital, respectivamente). Eles estavam em um veículo Fiat Uno cinza, quando foram parados, cerca de 20 km após Castanheira, por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da Regional de Juína.
O delegado Edison Pick, titular de Colniza, frisa que o material apreendido junto aos acusados está em fase final de análise e será encaminhada à Politec em pouco dias.
Força-tarefa e acusados em julgamento
Em duas semanas a força-tarefa, constituída pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), prendeu dois suspeitos de matar nove pessoas na Gleba Taquaruçu do Norte, em Colniza. A iniciativa tinha por objetivo esclarecer as mortes e prender os criminosos envolvidos nos crimes. Na época, a força-tarefa foi composta por 50 agentes públicos que ficaram na região trabalhando na investigação dos crimes.
Os acusados foram denunciados por homicídio com três qualificadoras (mediante pagamento, tortura e emboscada). A motivação do crime, de acordo com a denúncia, era expulsar os trabalhadores para que os acusados pudessem promover a extração de recursos naturais, principalmente madeira e minérios.
Como se trata de crime doloso (quando há intenção) contra a vida, o processo possui duas fases. Na primeira, que é fase atual, o juiz, após receber a denúncia, instrui o processo, com relato de testemunhas, documentos, perícias e depoimento dos acusados. Se o réu for pronunciado começa a segunda fase, com o julgamento pelo júri popular, em que sete jurados decidem a respeito do crime.