O promotor Ezequiel Borges de Campos, da 6ª Promotoria Cível de Cuiabá, confirmou ao Olhar Direto que foi aprovado o arquivamento do Inquérito Civil que apurava as supostas fraudes nas provas do concurso para delegado substituto da Polícia Civil de Mato Grosso, realizadas no dia 8 de novembro de 2017. De acordo com a decisão, após as diligências foi verificado que não há motivos para questionar a legitimidade do processo.
Um Inquérito Civil havia sido instaurado para apurar uma suposta violação de um envelope que continha as provas para o concurso para delegado substituto da Polícia Civil realizadas em novembro do ano passado.
Por causa isso o concurso havia sido suspenso por 60 dias, até a conclusão do inquérito policial presidido pela Gerência de Combate do Crime Organizado (GCCO) e do inquérito civil do Ministério Público Estadual (MPE). Ao final das diligências, foi concluído que não houve fraude.
“Ante o exposto, esgotadas as diligências necessárias ao esclarecimento dos fatos, promove-se o ARQUIVAMENTO do presente Inquérito Civil por não se vislumbrar motivos para a propositura de ação civil pública questionando a legitimidade do resultado das provas escritas objetiva e dissertativa aplicadas no dia 08.11.2017, integrantes da primeira fase do concurso público objeto do Edital nº 01 – PJC/MT de 17.03.2018”, diz o trecho.
Agora com o arquivamento não será necessária a realização de novas provas. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) explicou que caso o inquérito seja arquivado o concurso deve ser “destravado”.
Concurso
Conforme noticiado pelo Olhar Direto, candidatos pediram a anulação do concurso, alegando fraude na aplicação das provas realizadas no dia 8 de novembro. Uma das principais irregularidades denunciadas foi quanto ao vazamento de fotos da folha de respostas da prova.
O concurso estava marcado para as 15h, no entanto, por volta das 14h diversas imagens do gabarito já circulavam em grupos de whatsapp. O uso de aparelhos eletrônicos no local das provas era proibido.
Em um dos locais onde a prova deveria ser aplicada, um delegado precisou entrar na sala para acalmar os ânimos dos candidatos que causaram tumulto após perceber que os pacotes haviam sido abertos. Ele alegou que o erro teria sido ocasionado pela gráfica responsável pela impressão das provas, mas que tal fato não implicaria no andamento do concurso.
No total, mais de 13 mil candidatos estavam inscritos no concurso, cujo salário inicial era de R$ 19.316,49 com jornada de trabalho de 40 horas semanais.
Olhar Direto.