Governo começa mutirão para atender 574 pacientes que aguardam por cirurgia na Baixada Cuiabana

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CAMARA VG

A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) deu início a um mutirão de consultas e exames laboratoriais para pacientes de municípios da Baixada Cuiabana que estão aguardando por cirurgias ortopédicas na Central de Regulação, no período de 2014 a 2017. São 574 pessoas, das quais 130 já foram atendidas no primeiro dia de mutirão realizado no sábado (23.06), no Hospital Metropolitano de Várzea Grande.

De acordo com o diretor administrativo do hospital, Alexandre Beloto, 21 médicos, além de equipe de enfermagem e administrativos, foram mobilizados para atender os pacientes ao longo do dia com consultas e exames pré-operatórios e que indicarão se o paciente ainda precisa passar por cirurgia ou não. A abertura dos trabalhos contou com a participação do secretário de Estado de saúde, Luiz Soares, e dos secretários municipais de saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, e de Várzea Grande, Diógenes Marcondes, além de gestores do nível central.

Trata-se de mais uma etapa do Projeto de Intensificação de Exames e Cirurgias Eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), denominado Papa Fila, com base na Portaria nº 278/2017 de dezembro do ano passado. Lançado em abril deste ano em Rondonópolis, o projeto tem como objetivo reduzir a lista de espera por cirurgias eletivas de baixo custo no estado em sete especialidades médicas. As regiões contempladas pelo projeto a Teles Pires, Sul e Baixada Cuiabana.

Muitos pacientes que estão sendo contemplados pelo Papa Fila estão há quatro anos aguardando pela intervenção. É o caso de Marlene Neves dos Santos, 45 anos, moradora de Cuiabá. Ela conta que sofreu um acidente de trânsito em 1978, quando passou por uma cirurgia para colocação de platina na perna direita.

“Com o tempo a platina foi desgastando e passei a sentir muitas dores. Eu era microempresária e tive que parar de trabalhar”, relatou a paciente, com processo na Central de Regulação de 2014. Marlene Santos foi chamada para consulta e exames pré-operatórios no Hospital Metropolitano, referência em cirurgias ortopédicas na rede SUS em Mato Grosso. “Nem acreditei. Agora tenho esperança de ser operada e poder voltar a ter uma vida normal”, comentou.

Quem também compareceu ao Metropolitano foi o aposentado Antônio Benedito Martins, 76 anos. Na cadeira de rodas desde que teve o pé esquerdo amputado por causa da diabetes, ele agora está animado com a possibilidade de operar o braço direito. “Eu não consigo levantar o braço. Sinto muitas dores”, disse o aposentado, que está à espera do procedimento há três anos.

Sem poder trabalhar desde que sofreu um acidente de moto, Kleber da Costa Amorim, 34 anos, também estava ansioso. Ele sente dores fortíssimas na perna onde foi colocada uma platina. “Tem dois anos que estou aguardando a cirurgia e acho que agora vou conseguir com esse mutirão”.

O projeto

A SES/MT, juntamente com os Escritórios Regionais de Saúde (ERS), é a responsável pela implementação do plano operacional regional e para isso conta com a parceria dos municípios representados pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) de cada região.

O financiamento do projeto, com valor estimado em R$ 40 milhões, é de responsabilidade da SES, com recursos do Fundo Estadual de Saúde (FES). Os repasses de recursos financeiros têm como referência os valores estabelecidos na Tabela Nacional do SUS, quanto aos Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) e as especialidades cirúrgicas citadas na portaria, mais um adicional máximo de 200% exclusivamente para os componentes Serviços Profissionais (SP), Serviços Hospitalares (SH) e exames básicos pré-operatórios.

O Papa Fila inclui a consulta de avaliação pré e pós-operatório e os Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico, necessários conforme protocolo médico. As cirurgias poderão ser realizadas em hospitais sob gestão estadual ou municipal.

Os exames especializados contemplados no projeto incluem aqueles com maior volume e tempo de espera na lista do sistema de regulação do SUS, que inclui ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética, cardiológico, entre outros definidos pela equipe de gestão do projeto.

No caso de as cirurgias serem realizados nos hospitais sob gestão municipal, os recursos para o pagamento dos procedimentos serão transferidos mensalmente do Fundo Estadual de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde de saúde correspondentes, após a comprovação da produção por meio do faturamento encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso, para validação e aprovação da Secretaria-adjunta de Regulação. A transferência de recursos será suspensa se for verificado a descontinuidade na execução dos serviços ou irregularidade na prestação de contas relativa à produção apresentada no faturamento.

 

Fonte: Gov.MT

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