Agentes penitenciários decidem pela greve e podem paralisar atividades

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CAMARA VG

O Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen/MT) decidiu, em reunião na tarde desta terça-feira (15), por entrar em estado permanente de assembleia e greve, podendo paralisar a qualquer momento todas as atividades dos servidores da categoria.


A reunião foi marcada para esta tarde para decidir quais estratégias deveriam ser adotadas diante das medidas apresentadas pelo atual governo, que – segundo o sindicato – prejudicam diretamente os servidores públicos do Estado.

A classe penitenciária decidiu entrar em estado permanente de assembleia e greve, podendo paralisar a qualquer momento todas as atividades do Sispen/MT.

O presidente do sindicato e deputado estadual diplomado, João Batista, explanou vários pontos da matéria que está sendo apresentada pelo governo na Assembleia Legislativa e esclareceu como os servidores serão afetados, entre outras dúvidas levantadas pelos servidores no momento da reunião.

“O governador Mauro Mendes em nenhum momento se mostrou aberto para diálogo ou negociações, ele simplesmente decide que vai retirar os direitos que foram conquistados com muita luta pelos servidores públicos, então ele terá que aguentar as consequências, porque não aceitaremos ser desmoralizados”, declarou a Vice-Presidente do Sindspen, Jacira Maria da Costa.

João Batista ainda acrescentou que "o que está sendo imposto pelo governo é inaceitável, salário alimentício de servidor público é inegociável, estamos preparando a maior greve unificada que já aconteceu no estado de Mato Grosso. Unidos somos mais fortes e com toda certeza não permitiremos que essa displicência prossiga”.

“Neste momento a união da categoria é fundamental para nos fortalecermos, peço que todos fiquem em alerta para as próximas deliberações”, finalizou João Batista.

Em segunda audiência pública que tratou do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2019, o servidor Público Orlando Francisco, coordenador do Fórum Sindical, que representa os servidores do Poder Executivo disse que o governador Mauro Mendes (DEM) implantou um "terrorismo" em todo municípios do Estado com as determinações que atingiram a sua classe, nestas primeiras semanas de gestão.

O servidor público também criticou a tentativa do Governo em apressar a votação do pacote de projetos encaminhados a Assembleia Legislativa na semana passada e afirmou que os atuais deputados estaduais, muitos deles não reeleitos, não tem a legitimidade para votarem as matérias.

O governador Mauro Mendes, em sua primeira semana como governador anunciou a medida de escalonar o salário dos servidores referente ao mês de dezembro, além de parcelar o 13° de parte do funcionalismo que ainda está em atraso.

Desde então, o chefe do Executivo vem sendo muito criticado pela classe, que inclusive já indicou que pretende iniciar uma greve geral no mês de fevereiro, caso a determinação se arraste.

Sem dinheiro em caixa, Mendes segue pedindo paciência a todos os setores e tentando viabilizar o pagamento de cerca de R$ 400 milhões do Fundo de Auxílio à Exportação (FEX), junto com o Governo Federal para conseguir honrar o pagamento dos salários.

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