‘Desafio toda a polícia de MT a provar que essa mulher esteve na minha casa’, diz Juca do Guaraná

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Foto: Rogério Florentino Pereira/ OD
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O vereador por Cuiabá Juca do Guaraná (Avante) afirmou na manhã desta terça-feira (3) que a servidora do hospital São Benedito Elizabete Maria de Almeida jamais pisou em sua casa, no condomínio Belvedere, em Cuiabá. Ela denunciou que teria presenciado, na residência do parlamentar, reunião em que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) teria articulado a compra de votos pela cassação do vereador Abílio Júnior (PSC). Em entrevista coletiva, Juca desafiou autoridades policiais, imprensa e a denunciante a provarem que ela, de fato, esteve na reunião.

“Provem vocês [jornalistas] que essa mulher esteve na minha casa. Desafio toda a polícia de Mato Grosso a provar que essa mulher esteve na minha casa, com todo o respeito que eu tenho com a polícia”, declarou. “Desafio o FBI, quem quer que seja. Qualquer pessoa do Brasil, qualquer pessoa da galáxia”, completou. Ainda em tom de desafio, Juca do Guaraná afirmou que entregará sua residência para quem provar que Elizabete na reunião.

“Está feito o desafio a vocês. Desafio a todos vocês. Desafio! Dou minha casa para quem provar que essa mulher esteve lá, inclusive ela. Dou minha casa, inclusive para ela. Minha casa tem um valor considerável, tá?”, provocou. Para além dos desafios, Juca também disponibilizou registro de entrada e saída do condomínio em que mora e imagens da câmera de segurança que comprovariam que a denunciante não esteve no local.

“Lembrando que cabe a quem acusa, o ônus da prova. Mas eu fiz ao contrário, aqui eu tenho a entrada do meu condomínio, a entrada aqui marca quem entrou, quem saiu. Vou pegar um exemplo aqui, Joel Pereira, motorista do presidente, a entrada dele está aqui marcada. Marca a hora que ele entrou e posteriormente marca a hora que ele saiu. Isso é do condomínio. Não sou eu, não tenho poder nenhum, só tenho o direito de pedir o horário. Está aqui”, exemplificou, ao exibir o registro.

De acordo com a denúncia de Elizabete, ela teria sido chamada para ajudar sua chefe, identificada como Claudia Almeida, e acabou sendo levada à casa de Juca por meio de um carro de aplicativo solicitado por Almeida. Como contraprova, o vereador também exibe declaração registrada em cartório por Cláudia Almeida em que ela sustenta que nunca foi à casa do parlamentar.
“Ela [está] declarando que não foi na minha casa, que não conversou com essa mulher, que não chamou ela para ir. Com data, com tudo. Registrado em cartório, reconhecido em cartório. Eu tenho as imagens de vídeo, que marcam a entrada e a saída. Eu tenho as imagens de frente da minha casa que marcam quem desceu do carro e quem adentrou na minha casa. Ai você pode me perguntas: ‘ah, mas e se ela foi de carona?’. Fala pra ela trazer a carona dela. Quem foi a carona dela? Foi João, foi Pedro, foi Mané, foi Zé? Cadê a carona dessa mulher?”.

A reunião

Juca confirmou, como provam as imagens apresentadas por Elizabete, que recebeu amigos em sua casa, algo que costuma fazer, mas negou que o mandato de Abílio tenha sido pauta. Na denúncia, a servidora apresentou imagens que comprovariam que ela esteve no local. Segundo o vereador, as gravações que vieram a público foram postadas em redes sociais pelos próprios participantes do evento.

“A festa foi na minha casa, que eu faço para agradar meus amigos. Inclusive vários de vocês já estiveram presentes na minha casa”, explicou. “Eu recebo gente na minha casa, não posso receber na minha casa? Vocês viram o ambiente, eu ouvindo música sertaneja, música alta. Será que alguém lá estava com cabeça para falar de Abilinho?”, questionou. “Aqueles vídeos todos, ou quase todos, são vídeos que eu postei nas minhas redes sociais, vídeos que eu postei no meu Instagram, no meu Whatasapp ou os meus amigos [postaram]. Qual o problema de o cara ir na minha casa e gravar o cantor cantando? E gravar eu lá e tirar foto minha? Qual o problema?”, finalizou.

Entrega de imagens e declaração

O vereador Juca protocolizou na manhã de segunda-feira (02), na Câmara Municipal de Cuiabá, a declaração em que a servidora Claudia de Almeida Costa afirma que não esteve no condomínio onde o vereador reside. O Parlamentar entregou também registro de imagens entre os dias 21 e 22 de novembro, onde não consta a entrada de Elizabete Maria de Almeida.

Na declaração protocolada por Juca do Guaraná, a servidora também ressalta que não ofereceu, nem custeou modalidade de transporte à Elizabete Maria até o condomínio, conforme ela denunciou. A servidora ainda afirma que se recolheu em sua residência, no dia 21, por volta das 20h15 e só deixou sua casa no dia 22 de novembro, por volta das 19h09.

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