Empresário gastou R$ 220 mil para aplicar golpe de R$ 4 milhões em venda de respiradores falsos para prefeitura

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Foto: Kleber Araújo/TV Cidade Record
ALMT TRANSPARENCIA

Fonte: Olhar Direto

O empresário Ramos de Faria e Silva Filho, preso na última semana pela Polícia Civil, em Palmas (TO), foi o responsável por arquitetar o golpe de R$ 4 milhões em respiradores falsos vendidos para a Prefeitura de Rondonópolis (215 quilômetros de Cuiabá), segundo as investigações da Polícia Civil. Ao todo, ele gastou R$ 220 mil para ‘maquiar’ os equipamentos.

Ao Olhar Direto, o delegado Santiago Rozendo Sanches disse que foram utilizados R$ 220 mil para confecção de adesivos e compra de monitores, que eram parecidos com os respiradores, mas que não apresentam a mesma função.

A Polícia Civil ainda procura outro empresário, que está foragido e também teria participação no golpe. “Estamos terminando o inquérito e devemos concluir na próxima sexta-feira (08). A autoria está bem comprovada, falta pouco para terminar. Faltam apenas alguns detalhes”, disse o delegado.

Além disto, o delegado também descartou responsabilidade criminal de servidores no golpe. “Criminalmente, está esclarecido. Questões sobre inquéritos civis, possível improbidade administrativa é com o Ministério Público Estadual (MPMT)”.

A ocorrência registrada no dia 22 de abril, em nome da Secretaria Municipal de Saude, relatava que diante da situação da pandemia do coronavírus (Covid-19) foram adquiridos 22 aparelhos respiradores pulmonares, em processo de dispensa de licitação, porém após o pagamento foi constatado que os produtos adquiridos eram falsos.

Imediatamente após o registro da ocorrência, a Derf Rondonópolis iniciou as diligências deslocando uma equipe, coordenada pelo delegado Santiago Rozendo Sanches e Silva, para cidade de Palmas (TO), onde supostamente ficava a sede da empresa vencedora da licitação para dar início as primeiras diligências.

Na ocasião, o suspeito, responsável pela empresa já havia deixado a cidade e não foi localizado, porém, foi possível realizar o bloqueio em conta de parte do pagamento efetuado pela Prefeitura de Rondonópolis.

As investigações avançaram, sendo possível identificar e qualificar o autor do crime, que teve o mandado de prisão representado pela Polícia Civil e decretado pela Justiça.

Segundo o delegado, Santiago Rozendo, durante os trabalhos foram bloqueados das contas das empresas do investigado cerca de R$ 3 milhões, adquiridos através da venda fraudulenta.

“As investigações identificaram que o suspeito adquiriu monitores cardíacos, equipamento de valor muito inferior a de um respirador pulmonar, pelo valor de R$ 10 mil e adulterou o produto para dar aparência de ventiladores e revendeu à Prefeitura pelo valor de R$ 190 mil cada”, disse o delegado.

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