Fonte: Olhar Direto
Campanha iniciada pela estudante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Eduarda Pavan, busca arrecadar alimentos para aproximadamente 200 famílias da etnia Chiquitano. Os indígenas vivem em situação precária na cidade de Vila Bela da Santissíma Trindade (a 521 quilômetros de Cuiabá).
Ao Olhar Direto, Eduarda relatou que a campanha teve início na quinta-feira (10). Ela, que faz parte de sua pesquisa de doutorado na região, começou a acompanhar a situação das famílias.
“Eles foram desapropriados das terras, vieram em grande quantidade para a cidade, ficaram na periféria de Vila Bela, sem condição de trabalho, moradia e alimentação”, conta.
Com a pandemia, muitos perderam seus empregos. Informada das condições precárias pela esposa do cacique, Feliciana Paz, Eduarda afirma que conseguiu ajudar uma família. No entanto, cerca de 200 vivem em situação semelhante.
A campanha foi abraçada pela tatuadora Nana, que ajuda através de seu trabalho. Cada cliente que contribuir com doações em dinheiro, terá o valor debitado na próxima tatuagem, que será realizada após a pandemia.
“Tanto na aldeia quanto na cidade, os Chiquitano trabalhavam com baixos salários e péssimas condições. Desde março eles estão sem os poucos empregos que tinham, e muitos tiveram cortados os serviços básicos (água, luz, etc)”, descreve a tatuadora nas redes sociais.
Além de alimentos, Eduarda está arrecadando dinheiro, para fazer compras em um supermercado, produtos de higiene e para prevenção ao coronavírus (máscara e álcool em gel).