Num momento em que muito tem se falado sobre a saúde mental e que, cada vez mais, ela tem se tornado pauta, seja para a readaptação no pós-pandemia, seja para a adequação aos novos modelos de trabalho (ou qualquer outro motivo), uma notícia surpreende a todos nós: o Atlas de Saúde Mental da OMS (Organização Mundial da Saúde) revelou uma falha mundial, indicando que, apesar da maior atenção dada ao tema e da crescente necessidade de serviços, não houve um aumento nos investimentos. A porcentagem de recursos dos governos pouco mudou. Observa-se que mais de 70% dos gastos totais nessa área foram voltados para hospitais psiquiátricos em países de média renda. Além disso, em 2020, apenas 51% dos 194 Estados-membros da OMS relataram que sua política ou plano de saúde mental estava em consonância com os instrumentos internacionais e regionais de direitos humanos, porcentagem abaixo da meta de 80%.
Há ainda outras metas do Plano de Ação Integral de Saúde Mental da OMS para 2020 que não foram atingidas e que ficaram muito abaixo das expectativas. Agora, o plano foi estendido para 2030, incluindo novas metas relacionadas à inclusão de problemas de saúde mental e apoio psicossocial em planos de preparação para emergências, integração na atenção primária à saúde e pesquisa. Isso significa que teremos mais uma oportunidade de colocarmos planos em prática para a prevenção e o tratamento que ajude milhares de pessoas a viverem melhor.
Fonte: Jovem Pan