O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer o fortalecimento de sua base em Mato Grosso, estado eminentemente bolsonarista, por isso, realizou sondagens com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para saber como está o cenário político de seu grupo para as eleições municipais.
De acordo com Fávaro, a intenção do presidente é que a esquerda tenha nomes fortes, com possibilidades reais de vencer o próximo pleito, principalmente nas cidades polos do estado, como na capital, que, após indefinição do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), sobre possível migração, pediu para que o PSD esteja no mesmo palanque da federação Brasil da Esperança.
“Ele perguntou se o PSD, como aliado, tinha candidatura definida em Cuiabá. Eu disse que não. Lula disse: ‘Chegou um momento da vida que a gente precisa definir e eu quero muito fortalecimento do nosso grupo político em Mato Grosso. É um estado eminentemente bolsonarista e a gente está fazendo muito para o estado, estamos levando bastante coisa e precisamos ter uma candidatura forte em Cuiabá, você tem problema em apoiar o candidato, já que não é candidato no seu partido?’. Eu disse que não tem problema nenhum, mas falei que vocês precisam definir quem vai ser o candidato”, disse em entrevista no programa Tribuna.
Fávaro comentou que decidiu anunciar o posicionamento do partido na eleição de Cuiabá porque tem respaldo do presidente, em especial nas políticas públicas adotadas no Ministério da Agricultura, por isso, não poderia negar ao pedido feito pelo petista.
Na capital, o PT vive um impasse entre o deputado estadual Lúdio Cabral e a ex-deputada federal Rosa Neide, situação que, segundo Fávaro, deve ser resolvida até o final do mês.
Além da capital, o ministro disse que conversou com o presidente sobre os cenários de Várzea Grande e Rondonópolis. Na cidade industrial a tendência é que o PSD e a federação caminhem com uma possível reeleição do prefeito Kalil Baracat (MDB).
Já em Rondonópolis, o grupo vive impasse diante três candidaturas: o vice-prefeito Aylon Arruda (PSD); o empresário Carlos Augustin, o Teti; e o presidente do Serviço de Saneamento Ambiental (Sanear), Paulo José (PSB).
Segundo Fávaro, o assunto vai ser resolvido de forma pacífica, sem destituir o grupo que foi formado.
