Raimundo Nonato alegou em depoimento à Polícia Civil ter pensado que seria roubado ao ser surpreendido por Indianara, que é uma mulher transsexual, que tralhava como prostituta, na última semana na BR-364, em Várzea Grande. Por outro lado, as investigações apontaram que o motorista já tinha contato com a profissional do sexo.
Em depoimento, Raimundo alegou que saiu de Sinop no dia 2 deste mês e que parou em um posto de combustível no dia seguinte para abastecer o veículo e tomar um café. Ele alegou que, enquanto estava dentro da cabine da carreta, a mulher começou a bater na porta.
Raimundo afirmou que pensou que seria vítima de um roubo já que a mulher trans pretendia entrar na cabine. Diante disto, ele acelerou o veículo mas alegou não ter percebido que atropelou a mulher.
O corpo dela foi encontrado dilacerado no acostamento da pista. O motorista foi preso em uma rodoviária de Rondonópolis. Ele estava com a passagem comprada para outro estado.
O delegado Christian Cabral, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), afirmou que Raimundo tentou ludibriar os policiais ao seguir viagem na direção contrária ao trajeto inicial. Explicou ainda que Indianara já tinha contato anterior com Raimundo.
“A vítima era uma profissional do sexo. Já tinha contato anterior com o causador do acidente, um tinha o contato de telefone um do outro. Durante o fim da madrugada, por volta de 5h, [a mulher] recebeu um chamado do condutor para se encontrarem. Ela se dirigiu até o local onde o veículo estava estacionado e entrou na cabine do caminhão por volta das 5h da madrugada, ela ficou lá dentro na companhia do condutor até perto das 10h30”, disse em entrevista para à TV Centro América, nesta segunda-feira (5).