O advogado solicitou a impronúncia de mãe e filho acusados de encomendarem a execução de Nenê Games

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Foto: Olhar Direto
ALMT TRANSPARENCIA

Defesa de Mãe e Filho Acusados de Mandar Executar Duplo Homicídio em Cuiabá Pede Impronúncia

A defesa de Jocilene Barreiro da Silva, de 60 anos, e Vanderley Barreiro da Silva, de 31 anos, acusados de serem os mandantes dos assassinatos de Gersino Rosa dos Santos, conhecido como Nenê Games, e Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, solicitou a impronúncia de ambos. As execuções ocorreram em novembro do ano passado no Shopping Popular de Cuiabá, e os advogados alegam falta de provas consistentes para incriminá-los.

O advogado Mauro Sanders Melo, responsável pela defesa, argumenta que Jocilene e Vanderley não tiveram participação direta nas execuções e que as provas apresentadas pela acusação carecem de fundamentação. Ele também contestou a legalidade de algumas provas e pediu a anulação da audiência de instrução e julgamento, alegando cerceamento de defesa.

Entenda o Caso

Os assassinatos de Gersino Rosa dos Santos, de 43 anos, e Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, de 27 anos, chocaram Cuiabá. As mortes teriam sido motivadas por vingança, uma vez que Nenê Games foi acusado de ser o mandante do assassinato de Girlei Silva da Silva, filho de Jocilene e irmão de Vanderley, dias antes. Segundo as investigações, a disputa teria começado com uma briga entre Gersino e Girlei por conta de um celular com defeito.

Argumentos da Defesa

A defesa sustenta que Jocilene, à época dos fatos, estava em estado de saúde fragilizado, o que impossibilitaria sua participação direta ou indireta nos homicídios. O advogado baseou sua argumentação no depoimento de Silvio Junior Peixoto, executor confesso do crime, que afirmou que Jocilene não esteve envolvida nas tratativas.

“Fica claro que a ré foi apenas levada por seu filho para Cuiabá, sem qualquer conhecimento do plano que Vanderley havia traçado com Silvio”, disse o advogado. Vanderley, por sua vez, é apontado como o responsável por contratar Silvio para o crime, com uma oferta de pagamento de R$ 10.000,00. Mesmo assim, a defesa também pediu sua impronúncia, afirmando que ele não teve controle sobre a execução dos homicídios.

Próximos Passos

Caso o pedido de impronúncia não seja aceito, a defesa solicita a retirada das qualificadoras de motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, argumentando que esses elementos estariam ligados apenas à conduta do executor, Silvio Junior Peixoto, e não aos supostos mandantes.

O processo agora aguarda decisão judicial sobre a pronúncia dos réus. Se pronunciados, Jocilene e Vanderley serão levados a julgamento pelo Tribunal do Júri. Caso contrário, poderão ser absolvidos sumariamente. A expectativa é que a decisão seja anunciada nas próximas semanas.

O duplo homicídio no Shopping Popular de Cuiabá, em novembro de 2023, deixou a capital mato-grossense em estado de choque. Gersino Rosa dos Santos e Cleyton de Oliveira de Souza Paulino foram assassinados a tiros em seu local de trabalho, em plena luz do dia. A polícia chegou aos suspeitos após investigações que apontaram para a contratação de Silvio Junior Peixoto para executar o crime.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto