Uma investigação revelou uma suposta organização que teria sido crada para saquear municípios

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Investigações apontam esquema de desvio de recursos públicos em prefeituras de Mato Grosso

Diligências preliminares conduzidas pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), com apoio do Ministério Público de Mato Grosso e da Polícia Judiciária Civil, revelam indícios de uma organização criminosa estruturada para desviar recursos públicos em várias prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso. O esquema envolve suposta adulteração de notas, uso de “cartão coringa” para desvio de combustível e aplicação de sobrepreço em contratos.

As investigações indicam que proprietários de quatro empresas, todas pertencentes ao mesmo núcleo familiar, já firmaram contratos com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais. A análise do Naco começou com o exame dos processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com a empresa Centro América Frotas, de 2020 até o momento. Durante a investigação, foi constatado que outras empresas participantes dos certames licitatórios tinham sócios ligados ao mesmo núcleo familiar do proprietário da Centro América Frotas, e algumas sequer possuíam atividade empresarial ativa.

Um dos envolvidos, Edézio Correa, identificado como sócio oculto das empresas investigadas, já foi alvo de denúncias na Operação Sodoma, que apurou um esquema de pagamento de propinas na gestão do ex-governador Silval Barbosa.

A análise dos contratos também revelou disparidades financeiras. Em um dos casos, foi registrado um aumento de mais de nove milhões de reais em contratações realizadas entre 2021 e 2022, evidenciando indícios de sobrepreço e superfaturamento nas contratações públicas. As investigações prosseguem para aprofundar as conexões do grupo com outras administrações municipais no estado.

 

 

Da redação com informações do PJC-MT