Mauro Mendes refutou o uso de câmeras em fardas e defende militar: “Se há alguém que está cometendo crimes, é a minoria”

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Foto: Mayke Toscano/Secom-MT
ALMT TRANSPARENCIA

Governador Mauro Mendes critica uso de câmeras em fardas policiais: “Transformar policiais em bandidos, eu não concordo”

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), voltou a criticar nesta terça-feira (24) a proposta de instalação de câmeras nas fardas dos policiais. Segundo ele, os crimes cometidos por agentes de segurança são casos isolados, comparáveis às exceções existentes em qualquer profissão, e a medida seria desnecessária e desrespeitosa para com a categoria.

“Nós temos hoje no Brasil milhares de pessoas praticando crimes. Por policiais, é menos de meio por cento, é 0,0 qualquer coisa. Eu não estou preocupado em tomar uma medida para combater 0, 0, 0, 0, 0, qualquer coisa como se os nossos policiais fossem bandidos”, afirmou o governador.

Mendes ressaltou que a maioria dos policiais é composta por profissionais sérios, comprometidos com a ética e a segurança pública. “Transformar os nossos policiais como se bandidos o fossem, precisando estar vigilando eles o tempo todo, isso eu não concordo, porque eu sei que a grande maioria absoluta dos nossos profissionais de segurança são pessoas sérias, pais de família honestos e que trabalham com decência e dignidade”, disse.

Uso de câmeras já trouxe resultados em outros estados

A instalação de câmeras corporais em uniformes policiais já foi adotada em estados como São Paulo, onde um estudo da Fundação Getúlio Vargas apontou redução de quase 40% na letalidade policial após a implementação da medida.

Apesar dos números positivos, o governador de Mato Grosso questionou a eficiência da tecnologia para combater a violência e o crime organizado. “Se tem alguém praticando algum crime, é a minoria absoluta. Toda profissão tem profissionais que fogem ao seu código de conduta, que não praticam a sua atividade dentro de uma ética e da legalidade. A câmera não é um mecanismo eficiente e eficaz para combater os crimes que eventualmente alguns praticam”, concluiu Mendes.

A proposta, que tem gerado discussões em todo o país, divide opiniões entre especialistas em segurança pública e representantes da sociedade civil. Enquanto defensores apontam o potencial de transparência e controle, críticos, como o governador, consideram a medida uma generalização que pode desmoralizar os agentes de segurança.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto