Politec busca os parentes de oito vítimas que estão sepultadas em um cemitério ilegal para concluir o processo de identificação

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Politec busca familiares para identificação de corpos encontrados em cemitério clandestino em Lucas do Rio Verde

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) está convocando familiares de desaparecidos para colaborar na identificação dos corpos encontrados em um cemitério clandestino em Lucas do Rio Verde, a 334 km de Cuiabá. Até agora, 12 corpos foram localizados no local, mas apenas quatro foram identificados e liberados.

O cemitério foi descoberto no dia 11 de janeiro, e parte dos corpos estava em avançado estado de esqueletização. A identificação dos quatro indivíduos já liberados foi realizada por meio de análise papiloscópica, que confronta impressões digitais. Entre eles estão Mateus Bonfin de Souza, de 18 anos; Wilner Alex de Oliveira Silva, de 29; Rafael Pereira de Souza; e o venezuelano Andris David Mattey Nadales, de 19 anos.

Identificação pendente de oito vítimas

A Politec informou que os outros oito corpos ainda não foram identificados. Amostras biológicas permitiram a obtenção de quatro perfis genéticos – três masculinos e um feminino –, mas nenhum deles foi compatível com o material genético de 22 familiares de desaparecidos que já fizeram a doação para confronto de DNA.

Para avançar no processo, a instituição faz um apelo para que mais familiares de pessoas desaparecidas – como pais, mães, filhos ou irmãos – procurem a delegacia local. Após o contato, as famílias serão encaminhadas a uma unidade do Instituto de Medicina Legal (IML) para a coleta do material genético, procedimento que é rápido e indolor.

A coleta e o processo de identificação

A coleta de material genético é feita com um cotonete que é passado na parte interna da bochecha para capturar amostras biológicas. Essas informações são inseridas no Banco Nacional de Perfis Genéticos, que permite o cruzamento de dados entre estados. Caso haja correspondência, os familiares serão contatados para que o corpo seja liberado.

Além do material genético, a Politec recomenda que familiares forneçam documentos odontológicos, como prontuários, radiografias ou tomografias da pessoa desaparecida. Esses registros podem auxiliar na identificação por meio da arcada dentária.

Apelo da Politec

O perito criminal Eduardo Basso Carlin reforçou o pedido:

Fica aqui o apelo aos familiares de desaparecidos que procurem a delegacia para que seja feita a coleta de seu material genético. Não se esqueça de levar os seus documentos pessoais e, se possível, um boletim de ocorrência. A Politec está mobilizada com equipes para identificar as outras oito vítimas encontradas no local.

O trabalho segue como prioridade para as autoridades, que buscam trazer respostas às famílias que ainda vivem com a angústia de não saber o paradeiro de seus entes queridos.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto