Moradores de Várzea Grande protestam contra falta de água e bloqueiam ruas
Moradores do bairro São Mateus, em Várzea Grande, realizaram um protesto entre a noite de terça-feira (11) e a manhã desta quarta-feira (12) devido à falta de água na região. Revoltados com a situação, os manifestantes atearam fogo em pneus e bloquearam vias, impedindo o trânsito na Avenida Senador Filinto Müller, uma das principais da cidade.
A manifestação reflete um problema recorrente enfrentado pelos moradores, que relatam dificuldades com o abastecimento de água há anos. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, um morador descreve a situação afirmando: “O bicho está pegando aqui no São Mateus, o trem está feio aqui”, demonstrando a indignação da população diante da precariedade dos serviços essenciais.
Imagens registradas durante o protesto mostram pneus em chamas formando barricadas, impedindo a passagem de veículos e aumentando a tensão no local.
Medidas emergenciais
Em resposta às manifestações, a Prefeitura de Várzea Grande informou que criou uma “força-tarefa” para lidar com a crise hídrica e restabelecer o abastecimento na cidade. Representantes do Departamento de Água e Esgoto (DAE) estiveram na manhã desta quarta-feira no bairro e garantiram que o fornecimento de água será normalizado até quinta-feira (13).
A gestão municipal atribuiu o colapso do sistema de abastecimento à administração anterior, alegando que a infraestrutura está sucateada devido à falta de investimentos e manutenção adequada. Segundo a prefeitura, a rede de distribuição de água conta com bombas ultrapassadas, tubulação antiga e falhas operacionais que comprometem o fornecimento regular.
Diante do cenário crítico, a prefeita Flávia Moretti viajou a Brasília em busca de recursos para modernizar o sistema de abastecimento. Enquanto isso, a administração municipal está adotando medidas emergenciais, como o envio de caminhões-pipa para os bairros mais afetados e a realização de manutenções pontuais para minimizar os impactos da crise.
Os moradores seguem cobrando soluções definitivas e alertam que novos protestos podem ocorrer caso o problema persista.