O vereador Rafael Ranalli (PL) se manifestou de forma crítica sobre a Moção de Aplausos concedida por Jeferson Siqueira (PSD) ao líder de facção Gilmar Machado da Costa, conhecido como Gilmarzinho, morto em confronto policial em Cuiabá. A homenagem foi proposta em fevereiro de 2024 com a justificativa de que Gilmarzinho prestava serviços como líder comunitário no bairro Nova Conquista.
Ranalli questionou a falta de conhecimento sobre o histórico de Gilmarzinho, apontando que homenagear alguém sem saber sobre seu passado é uma atitude sem sentido. “Mas você homenagear alguém que você não conhece, alguém que você não sabe minimamente da vida dele, não tem nem nexo isso, gente. Pelo amor de Deus”, disse Ranalli.
Gilmarzinho foi um dos alvos da Operação Aqua Ilícita, deflagrada no dia 20 de março, que revelou uma organização criminosa envolvida em extorsão, lavagem de dinheiro e controle econômico de comerciantes de água mineral em Mato Grosso. Ele também tinha um histórico de envolvimento com o tráfico de drogas e atuava no controle de atividades ilícitas no bairro Nova Conquista.
Ranalli também criticou a falta de cuidado do vereador Jeferson Siqueira ao conceder a homenagem. Ele ressaltou que é imprescindível investigar o histórico da pessoa antes de homenageá-la. “O vereador que apresenta tem que tomar esse cuidado, o mínimo de cuidado. Semana passada, por exemplo, aprovei a moção de aplausos ao cidadão misterioso que mandou pra vala um vagabundo que estava fazendo duas mulheres reféns dentro do carro, e fui atrás e descobri que o cara não é um vagabundo”, relatou.
Em relação à justificativa de Jeferson Siqueira de que não conhecia o histórico de Gilmarzinho, Ranalli reforçou que não faz sentido prestar homenagens a pessoas com suspeitas de envolvimento com atividades criminosas. “Eu vou homenagear uma pessoa que eu tenho suspeita que é um maior elemento? Não tem nem cabimento”, concluiu o vereador.
FONTE – RESUMO
