O Hospital Central de Cuiabá, previsto para iniciar suas atividades em setembro deste ano, será administrado integralmente pela organização social Sociedade Beneficente do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. A gestão será de responsabilidade exclusiva da entidade, incluindo a contratação de todos os profissionais, o que significa que não haverá vínculo com o Governo de Mato Grosso. A informação foi confirmada pelo secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, em entrevista à imprensa.
Essa decisão gerou frustração entre os candidatos classificados no concurso público da Secretaria Estadual de Saúde (SES), realizado em 2024, que viam a inauguração do novo hospital como uma oportunidade para a nomeação. No entanto, o secretário esclareceu que não há previsão de aproveitamento dos concursados para o Hospital Central. “100% da responsabilidade pela contratação de serviços, pessoal e manutenção de equipamentos será do Hospital Albert Einstein”, afirmou Figueiredo, ressaltando que, com o contrato assinado, o Governo do Estado não tem competência para nomear profissionais para essa unidade.
Gilberto Figueiredo também explicou que o concurso público realizado pela SES tinha como objetivo formar um cadastro reserva, sem obrigar o governo a convocar candidatos. Até o momento, a secretaria já convocou 249 aprovados: 120 em setembro de 2024, 70 em janeiro de 2025 e 59 em fevereiro deste ano. Ele adiantou que novas nomeações estão sendo preparadas, mas exclusivamente para áreas internas da SES, especialmente para o controle e avaliação de contratos.
O secretário ainda destacou que a SES focou em áreas técnicas especializadas no concurso, uma vez que o Estado realiza ações de alta complexidade na área da saúde.
A autorização para que a organização social de São Paulo assuma a gestão do Hospital Central depende da aprovação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O projeto de lei foi apresentado aos parlamentares e teve sua tramitação acelerada com a aprovação de um pedido de dispensa de pauta.
O investimento total no hospital está estimado em R$ 513 milhões, sendo que metade desse valor será destinado à aquisição de equipamentos. Todos os recursos são provenientes do Governo do Estado, sem qualquer repasse federal ou emenda parlamentar.
“Eu torço para que os grandes profissionais de saúde que temos em nosso estado se habilitem, participem das seleções que serão realizadas e, assim, contribuam para a qualidade do Hospital Central”, concluiu Gilberto Figueiredo.
FONTE – RESUMO
