Delegado afirma que reação da polícia foi proporcional, mas família de cúmplice de Kelvinho alega confronto “inventado”

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Reprodução
CAMARA VG

Os familiares de Jean Pierre Queiroz de Oliveira, de 28 anos, que morreu em confronto com policiais do Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), na madrugada desta terça-feira (27), em uma ação que buscava prender Kelves Gonçalves da Silva (Kelvinho), afirmam que não teria acontecido nenhum confronto e os dois suspeitos teriam sido executados pelos policiais.

No entanto, o delegado Diogo Santana, do GCCO, afirmou que o confronto ocorreu em resposta da hostilidade dos suspeitos, que estavam armados. O GCCO também afirmou que Jean Pierre já tinha passagens pela polícia.
 
De acordo com os familiares, que estavam em frente à sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) em Cuiabá na manhã de hoje, Jean Pierre não era envolvido com a criminalidade.

Eles afirmam que seu parente teria apenas aceitado dar abrigo a Kelves nesta segunda-feira (26). Ele estavam na porta da delegacia aguardando a liberação da esposa de Jean Pierre.

“É mentira que houve confronto, arrastaram eles para um quarto e deram os tiros na cabeça deles, morreram lá mesmo. O Jean Pierre é pai de família, não mexia com esses negócios. As armas e a droga, nada disso era dele. Ele só resolveu ajudar o Kelves, que pediu abrigo lá ontem”, disse uma das familiares, que não quis ser identificada.

Kelves era o último envolvido no sequestro da empresária Milene Eubank, em novembro do ano passado, que ainda era procurado. Durante uma ação da polícia, Kelvinho acabou atirando contra o policial civil Sidney dos Santos.

Na ação da madrugada de hoje Kelves e Jean Pierre foram feridos e chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. A esposa de Jean Pierre e a companheira de Kelves foram conduzidas para a delegacia e foram interrogadas.

O delegado Diogo Santana negou todas as acusações da família e disse que o confronto apenas ocorreu em resposta à ação dos suspeitos.

“As drogas foram com certeza encontradas no local e todos os nosso policiais foram lá imbuídos para efetuar a prisão, mas a partir do momento em que há uma reação a segurança deles é primordial. A reação foi exatamente proporcional à ação dos suspeitos. Se fosse de fato uma execução não haveria a detenção das duas meninas que também estavam na casa e não esboçaram reação e por isso não estão mortas”, disse o delegado.

O delegado Luiz Henrique Damasceno, da GCCO, afirmou que na ação de hoje os policiais já haviam sido informados que os suspeitos estariam em posse de uma metralhadora, mas que buscavam apenas a prisão dos suspeitos.
 
Sobre a alegação de que Kelves teria chegado apenas ontem na casa de Jean Pierre, o delegado Diogo Santana também negou e disse que isso já estava sendo investigado. De acordo com o GCCO, Jean Pierre tinha passagens por integrar organização criminosa e tráfico de drogas.

“Há alguns dias a gente já vem observando este auxílio que o Jean Pierre estava oferecendo ao Kelves, já estava sendo acompanhado e já, pelo menos, há algumas semanas ele se encontra nesta residência no Jardim Vitória”, explicou.

O delegado também afirmou que durante todo este tempo, desde o sequestro da empresária, Kelves permaneceu se escondendo pela região da Grande Cuiabá.

Olhar Direto.

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