Deputado diz que ficar na liderança é “inviável” e deixa a função

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Reprodução
CAMARA VG

O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) entregou, na noite desta terça-feira (13), o cargo de líder do Governo na Assembleia Legislativa. A decisão, segundo ele, tem caráter irrevogável.

O parlamentar leu uma carta, durante a sessão, explicando as razões de sua saída. O documento foi enviado, antes, ao governador Pedro Taques (PSDB).

De acordo com o deputado, a saída se deve à sua necessidade de se dedicar à reeleição. Para tanto, disse que precisará viajar com mais frequência para o interior, já que sua base eleitoral fica em Sinop (500 km da Capital).

“Estando a apenas seis meses do novo pleito eleitoral, cheguei a conclusão de que minha permanência na liderança do Governo se torna inviável. Apesar de estar deputado por Mato Grosso, como é de conhecimento do governador, a base que represento fica distante da Capital entre 250 km a 1300 km. E, por conta dos afazeres da liderança, acabo me distanciando dos meus eleitores e, consequentemente, de suas necessidades políticas”, disse.

“Portanto, convicto de que fiz o melhor para nosso Estado e por este Governo, em caráter irrevogável, venho comunicar que a partir deste momento, não mais farei a interlocução entre o gabinete do Governo e esta Casa de Leis na função de líder do Governo”, afirmou.

Desde janeiro deste ano, o parlamentar vinha ensaiando a saída da função. À época, MidiaNews publicou seu desejo com base nos mesmos argumentos. Entretanto, Taques pediu que Dilmar continuasse no posto.

Segundo ele, a decisão não significa ruptura com o Executivo.

“Agradecido pela confiança recebida, quero ratificar meu íntimo desejo que vossa excelência continue firme no propósito de governar com austeridade, respeito com a coisa pública e às pessoas, especialmente nesses tempos que a crise financeira assola todas as unidades da federação. Encerro este ciclo, porém a parceria e o companheirismo continuam”, completou.

Apesar disso, na última semana, o Democratas (DEM), em convenção nacional, deliberou nove Estados nos quais deverá lançar candidatura própria a governador, entre eles Mato Grosso. Até o momento, os mais cotados são o ex-senador Jaime Campos e o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes.

Dilmar assumiu a função de líder do Governo em agosto de 2016, quando Wilson Santos foi escolhido pelo grupo de Taques para disputar a Prefeitura de Cuiabá nas eleições municipais daquele ano. O tucano perdeu para o também deputado Emanuel Pinheiro (PMDB).

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