Deputados acusam MP de “abuso” e dizem que as visitas a Mauro Savi ocorreram dentro da legalidade

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CAMARA VG

Os deputados estaduais Romoaldo Júnior (MDB) e Max Russi (PSB), ambos impedidos de visitar o colega Mauro Savi no Centro de Custódia da Capital (CCC), após decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, acusaram o Ministério Público Estadual (MP) de “abuso de autoridade” e evocaram a Constituição Estadual para garantir que os encontros com o parlamentar ocorreram dentro da legalidade.

O MP denunciou, no dia 29 de maio, supostas “regalias” gozadas por Mauro Savi e pediu a proibição de visitas de deputados que são denunciados nas operações Bereré e Bônus ao parlamentar. Savi está preso no CCC desde o dia 09 de maio. A decisão, do desembargador José Zuquim Nogueira, se estende aos demais presos nas respectivas operações, entre eles os irmãos Paulo e Pedro Jorge Taques.

“Considero a denúncia do MP em relação a meu envolvimento, a minha pessoa no esquema do Detran, um absurdo. Vejo que o MP está abusando de sua autoridade. Denúncia por achismo. Sempre respeitei a instituição, mas estão se achando demais”, escreveu Romoaldo, no grupo de Whats App conhecido como GW100.

“Fui visitar, como fui visitar Gilmar Fabris, são meus amigos, trabalhamos boa parte do tempo juntos. Nunca usei carteirada em nada, quem me conhece sabe disso. Fui, fiquei por cinco minutos numa sala com uma tela entre eu e ele. Agora parece que ser político é crime. (…) Se puder vou novamente, não é porque ele está lá que deixou de merecer um abraço meu”, acrescentou o deputado.

Romoaldo teria se beneficiado, segundo o Ministério Público, de ter se beneficiado de um cheque de R$ 33 mil, emitido por um dos alvos da Operação Bereré, que apura um amplo esquema de fraudes e propina no Detran-MT. O parlamentar nega.

Já Max Russi, que de acordo com a denúncia do MP teria recebido cheque no valor de R$ 10 mil de Claudemir Pereira dos Santos, citou o artigo 47 da Constituição Estadual, que dispõe sobre o controle externo a cargo da Assembleia Legislativa.

Conforme a lei, os deputados podem inspeções ou auditorias em quaisquer unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. “Ser amigo na hora boa todo mundo quer. Quando tem dinheiro não falta amizade (…) Já vivi isso de perto”, disse Max Russi, na mesma rede social.

 

Fonte: Olhar Direto

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