Garis denunciam empresa por condições insalubres e assédio para jornadas excessivas

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CAMARA VG

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Limpeza Urbana (Sindilimp/MT), Wenderson Alves, usou a tribuna da Câmara Municipal, na sessão ordinária desta terça-feira (04), para denunciar as péssimas condições de trabalho a que estão sendo submetidos os garis para fazer a coleta de lixo em Cuiabá. Eles estariam passando por condições insalubres e sofrendo assédio moral para realização de jornadas excessivas.
 
Antes do discurso, o presidente do sindicato repassou ao vereador Dilemário Alencar (PROS), que o convidou para falar na tribuna da Câmara Municipal, que a empresa Locar Gestão de Resíduos, contratada pela Prefeitura de Cuiabá, tem explorado a categoria, com assédio moral para realização de jornadas excessivas, não pagamento de horas extras e falta de materiais adequados para o gari realizar o trabalho de coleta de lixo.
 
Além disto, acrescentou que pátio da empresa Locar, onde os trabalhadores se concentram para início da jornada está totalmente insalubre e em condições degradantes. Outra reclamação é que a frota de caminhão da empresa está velha, com a maioria dos veículos coletores sem boa sinalização para trafegar e com quebras constantes.
 
A empresa Locar, que segundo o vereador é alvo de muitas reclamações de moradores de vários bairros por deficiência na coleta, foi vencedora de processo licitatório realizado no último mês, onde teve o contrato anual da coleta de lixo aumentado de R$ 23 milhões, para R$ 39 milhões.

A assessoria de imprensa da empresa explicou que "o sindicato que representa oficialmente a categoria e que mantém relações com a empresa é o Conascom, com sede em São Paulo" e que "é totalmente inverídico as informações de que a empresa não cumpre o estabelecido por lei".

Por fim, a empresa garante que "não compactua com atitudes desmerecedoras; portanto, tais denúncias serão devidamente apuradas" e que, quando assumiu, "o município se encontrava em estado caótico na coleta de resíduos sólidos com bairros que chegavam a estar mais de dez dias sem coleta".

Um grupo de garis de Cuiabá paralisou as atividades na madrugada do dia 27 de novembro, para cobrar melhores condições de trabalho. O fato aconteceu após o atropelamento de Darliney Silva Madaleno, de 41 anos e Sebastião da Silva Fialho, de 28 anos, que foram atingidos por motoristas embriagados durante o trabalho. Os dois fatos aconteceram em menos de uma semana. 

Confira a nota da Locar na íntegra:

Prezados senhores

Boa tarde.

Diante das recentes notícias veiculadas a Locar esclarece que:

1) O sindicato que representa oficialmente a categoria e que mantém relações com a empresa é o Conascom, com sede em São Paulo;

2) É totalmente inveridico as informações de que a empresa não cumpre o estabelecido por lei; Ao contrário. Seguimos estritamente todas as normas prescritas na legislação e, notoriamente, concernente às atividades dos colaboradores;

3) A empresa não compactua com atitudes desmerecedoras; portanto, tais denúncias serão devidamente apuradas;

4) Somos uma empresa com atuação em todo Brasil há mais de 30 anos na gestão de resíduos sólidos. Nossa atuação é pautada no respeito ao trabalho, com seriedade e obediência aos princípios humanos    e sobretudo em respeito à sociedade e nossos colaboradores;

5) Assumimos em 10 de julho de 2017 como segundo colocado após desistência do primeiro num contrato que já vinha em atividade desde 2012, de forma temporária, o município se encontrava em estado caótico na coleta de resíduos sólidos com bairros que chegavam a estar mais de 10 dias sem coleta. Regularizamos a coleta em uma semana e desde então estamos sempre com a coleta regular.

Sem mais
Obrigada
A Diretoria

 

Fonte: Olhar Direto

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