“Ainda estou viva porque quero Justiça”, diz mãe de jovem que foi morto por amigo por causa de dívida

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Fonte: Olhar Juridico

Nádia Batista de Almeida, mãe do jovem Pedro Victor de Almeida Peroso, morto a facadas em outubro de 2018 pelo próprio amigo, Vanderson Daniel Martins dos Santos, disse estar esperançosa para o julgamento que deve ocorrer nesta sexta-feira (29). Ela disse que sua família ficou muito abalada com o crime, mas que tem fé que a Justiça será feita e que o assassino seja severamente punido. Ao Olhar Jurídico a mãe disse “ainda estou viva porque quero Justiça”.

A delegada identificou Vanderson Daniel Martins dos Santos como suspeito e o jovem depois acabou confessando. A motivação seria por causa de uma dívida que Vanderson tinha com Pedro. O caso será julgado no Tribunal do Júri de Várzea Grande nesta sexta-feira (29).

“A minha expectativa é que ele seja condenado, porque o que ele fez foi um crime muito bárbaro. Primeiro porque ele matou o amigo, e eu acho ele um perigo para a sociedade, porque alguém que mata o amigo, imagina com quem não for amigo. Ele andava dentro da minha casa, dizia que gostava de mim, ele saberia que com o Pedro morrendo ele estaria me matando, pelo fato de ser meu único filho, de eu não ter neto, de não ter nada na minha vida, então eu espero que a Justiça seja feita, porque eu ainda acredito na Justiça do Brasil, embora esteja decepcionada com as nossas leis”, disse a mãe de Pedro, Nádia Batista.

De acordo com Nádia, toda a sua família ficou muito abalada com o crime. Ela diz que aos poucos tenta retomar a vida, mas que ainda sente muita dor. Ela afirmou que continua viva, pois espera que a Justiça seja feita. Ela defende que Vanderson deve pegar a pena máxima.

“Eu vivo a base de remédios, voltei a trabalhar no empurrão, até o secretário de Educação de Várzea Grande veio até mim, sou concursada, aí ele me ofereceu o emprego que eu quisesse, para que eu fosse voltando a trabalhar, porque eles achavam que eu estava a cada vez me afundando mais, porque eu não queria nem sair da minha casa. Meu esposo já tem mais de 60 anos, doente, a minha mãe ficou doente, o Pedrinho ia lá todo dia pedir benção para ela, então a nossa vida acabou, eu ainda estou viva porque quero Justiça, porque eu já pensei várias vezes em tirar a minha própria vida, porque eu acho q não tenho mais vida, mas me veio esta sede de Justiça”, relatou.

Nádia reconheceu o trabalho célere da polícia e acredita que tudo tem caminhado para que de fato a Justiça seja feita no caso de seu filho. O assassino foi identificado rapidamente e o caso vai a julgamento já após um ano.

“Eu quero que ele seja punido, ele não tinha dinheiro para pagar meu filho, dizia que era família pobre, que não tinha dinheiro, só que a família dele se uniu para pagar advogado, e advogado de assassino não é barato, e agora a família tem dinheiro”, disse.

A tia de Pedro, Mariana Batista, disse que a família providenciou camisetas para acompanhar o julgamento amanhã, já que muitas pessoas gostavam de Pedro e pretendem ir à sessão desta sexta-feira. Apesar da esperança na condenação, ela lamenta o pouco tempo que o assassino deve ficar preso.

“Conseguimos que fosse pra júri popular, já vai ter o julgamento, ele é réu confesso, foi reconhecido motivo torpe, então tudo está dando certo, graças a Deus a polícia foi muito ágil. Nós estamos muito esperançosos, apesar do que o advogado falou, por ele ser réu primário, por ter confessado, ele não deve passar tanto tempo assim na cadeia”, disse.

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