Projeto de combate ao suicídio vira Lei em Mato Grosso

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Foto: Marcos Lopes/ALMT
CAMARA VG

Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 804 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. No Brasil, o elevado número de suicídio coloca o país entre os dez com as taxas mais elevadas. Foi pensando nisso que o deputado Dr. Leonardo Albuquerque (PSD) apresentou na Assembleia Legislativa um projeto que se tornou a Lei Estadual 10.598, ao qual institui o Plano Estadual de Prevenção ao Suicídio, publicada no Diário Oficial do Estado que circulou nesta quarta-feira (27).

O objetivo é identificar possíveis sintomas e tratar o transtorno mental ou psicológico que podem configurar depressão, bipolaridade, esquizofrenia, alcoolismo e o abuso de drogas; promovendo o acompanhamento daqueles que necessitem de tratamento, a fim de minimizar a evolução dos quadros que podem levar ao suicídio.

A Lei prevê palestras na semana do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado no dia 10 de setembro. Elas serão direcionadas aos profissionais de saúde, no intuito de capacitá-los, bem como exposições com cartazes que explicitem eventuais sintomas da enfermidade.

“Os números podem ser maiores se levarmos em consideração os casos não registrados. Dificuldades financeiras ou emocionais desempenham um fator significativo para evolução do quadro. O Estado tem papel relevante para o tratamento desse transtorno, identificando possíveis sintomas, acompanhando e oferecendo possibilidades de recuperação aos que necessitam”, explicou o deputado.

Também consta na Lei a disponibilização de canais direitos de atendimento aos diagnosticados ou àqueles que se encontram com possíveis sintomas e o direcionamento de atividades para o público alvo do programa. A Lei propõe a criação de um sistema de coleta de dados integrado, a fim de identificar e monitorar possíveis casos para avaliação e cuidado específico.

Com especialização em psiquiatria, Dr. Leonardo explica que a maioria dos casos está relacionada à depressão, ao uso de álcool, droga e casos passionais. Para o deputado, o suicídio é um problema de saúde pública e a prevenção pode ser possível, desde que se propicie o desenvolvimento de políticas públicas e também envolvam diversos setores da sociedade, entidades ligadas ao tema e profissionais.

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