O bilionário sul-africano Elon Muskconcretizou a compra do Twitter, uma das maiores redes sociais do mundo, por US$ 44 bilhões, que equivalem a aproximadamente R$ 215 bilhões. A confirmação da venda foi anunciada por Bret Taylor, executivo da rede social. Anteriormente, Musk já havia se tornado acionista da empresa, com 9% das ações da rede social. Desde então, começaram as negociações para a aquisição da companhia. No acordo firmado, Musk terá propriedade integral da rede social. Ao todo, os acionistas receberão US$ 54,20, aproximadamente R$ 263, por cada ação que possuírem. “A liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento, e o Twitter é a praça da cidade digital onde são debatidos assuntos vitais para o futuro da humanidade. […] Também quero tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando os bots de spam e autenticando todos os humanos. O Twitter tem um tremendo potencial – estou ansioso para trabalhar com a empresa e a comunidade de usuários para desbloqueá-lo”, disse Musk.
A transação foi aprovada pelo Conselho de Administração do Twitter por unanimidade. O negócio deverá ser concluído em 2022, estando sujeito à aprovação dos acionistas, ao recebimento de aprovações regulatórias e atendimento a outras condições habituais de fechamento. Taylor, que preside o conselho independente do Twitter, disse que o grupo “conduziu um processo cuidadoso e abrangente para avaliar a proposta de Elon com foco deliberado em valor, certeza e financiamento. é o melhor caminho para os acionistas”. O CEO do Twitter, Parag Agrawal, também comentou a transação. “O Twitter tem um propósito e relevância que impacta o mundo inteiro. Profundamente orgulhoso de nossas equipes e inspirado pelo trabalho que nunca foi tão importante”, disse.
Até o momento, Musk não se manifestou após o anúncio da compra. No começo da tarde, ele havia utilizado a rede social para dizer que espera que até seus maiores críticos permaneçam na plataforma, defendendo a “liberdade de expressão”. “Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que significa liberdade de expressão”, disse Musk. O sul-africano é conhecido por ser a favor da liberdade irrestrita de expressão e, no passado, já havia feito críticas à plataforma. No passado, o bilionário já fez sugestões para a plataforma. Dentre eles estava a adição de um botão de “edição” na plataforma, de tuites longos – já que o limite da plataforma é de 280 -, criticou bots de spam e questionou o algoritmo da plataforma, dizendo que ela tem “grande efeito no discurso público”.
Reações
Logo após o anúncio da compra, os usuários da própria plataforma reagiram à novidade, mostrando descontentamento com a notícia. Em poucos minutos, o tópico “RIP Twitter” já estava entre os assuntos mais comentados da rede social, ao lado do nome de Elon Musk, de Grimes, ex-mulher do bilionário, e Tesla, outra companhia que ele comanda. O nome de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, também está nas tendências. Ele foi banido da plataforma no começo de 2021. “O povo cancelando o Twitter no próprio Twitter”, ironizou um usuário. Entretanto, também foram feitos comentários com tom mais político, criticando aqueles que não foram favoráveis à transação e às medidas prometidas por Musk. “Os ‘senhores da razão’, vulgo patota do selo azul, já começaram a dizer que sairão da plataforma?”, disse um.
Fonte: Jovem Pan