“Violência não se combate com florzinha; e sim com violência”

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Reprodução
CAMARA VG

Policial federal em Mato Grosso há 11 anos, Rafael Ranalli é um dos mais de 20 agentes que devem disputar as eleições de 2018 em todo País. Com discurso de enrijecimento do Código Penal, a favor da prisão perpétua e contra grupos de direitos humanos, Ranalli se diz alinhado ideologicamente com o presidenciável Jair Bolsonaro. Ambos, inclusive, estão filiados ao Patriota, antigo PTN.

 

Ao MidiaNews, o agente disse ser pré-candidato a deputado federal e quer ajudar a promover uma série de mudanças que, segundo ele, trarão segurança à “sociedade de bem”.

 

Ele defendeu, por exemplo, o fim do Estatuto do Desarmamento e que violência deve ser combatida com violência.

 

“Eu acredito que o cidadão de bem, cumprindo requisitos legais, aptidão física e psicológica, tendo mais de 18 anos, sendo capaz, não respondendo ação penal ou inquérito policial, pode andar armado. O cara, tendo discernimento, que ande com um tanque na rua”, afirmou.

 

“Tem que repelir a ameaça e você não vai repelir com a política dos direitos humanos. Se pedir para sentar e conversar, você vai apanhar, ele vai te matar, pegar sua família. Violência não se combate com florzinha. Violência se elimina com violência. Ele tem que ter medo”, disse.

 

Na entrevista, o agente da PF evitou avaliar a gestão do governador Pedro Taques (PSDB) quanto à Segurança. Disse que há uma onda crescente de conservadorismo no País, pois há uma “insatisfação do atual quadro de inversão de valores”. E que os candidatos ditos conservadores serão "aclamados” na eleição de 2018.

Leia os principais trechos da entrevista:

 

MidiaNews – Há quase 12 anos o senhor trabalha na Polícia Federal. De onde nasceu a vontade de ser político?

 

Rafael Ranalli – Vontade de ser político ninguém tem. Minha vontade é ser policial. O que aconteceu foi que as coisas foram acontecendo. Há uma indignação com o quadro atual. Quando se fala em político, logo se liga a corrupção, desonestidade. E, até pela minha profissão, é algo que não somos. Há um tempo, o Sindicato da Polícia Federal decidiu ajudar mais do que já ajuda, lançando candidatos, policiais federais, em todos os Estados. Temos em torno de 20 nomes. Nisso, o presidente do Patriota em Mato Grosso, Milton Rodrigues, me convidou no final de outubro, até pelo fato do perfil do partido ter o mesmo da Polícia.

 

MidiaNews – Qual é esse perfil?

 

Rafael Ranalli – É um perfil de não compactuar com a prática atual. É o toma-lá-dá-cá; esquema; tem que sobrar o meu. Com isso, nós, que somos policiais, não concordamos. Não sei se é porque vim de baixo, você tem o seu salário e está sendo pago. Não tem cabimento, hoje, um deputado que tem um salário de pouco mais de R$ 30 mil, além de muitos auxílios questionáveis, ainda participar de esquema, querer algo a mais, querer uma vantagem ilícita. Isso está errado. E quando o partido nos procurou, falou dessa renovação. Mas não basta só renovar por renovar, tem que renovar e mudar as práticas. Se eu fosse apenas um cara novo na política, daqui uns dias não vou mais ser novidade. Mas e a procedência? ‘Esse cara é da Polícia Federal, ele não é corrupto. Muito pelo contrário, ele prende corrupto’. E, nisso, ocorreram as coincidências de interesses, no bom sentido.

 

MidiaNews – O que pensa a respeito da legislação penal brasileira? Caso eleito, pretende propor alterações?

 

Rafael Ranalli – Eu não posso falar como se fosse eleito por questões da legislação eleitoral. Eu sou pré-candidato, não passei pela prévia e não posso falar sobre projetos. Mas esse é um ponto fundamental. Uma das coisas que me levaram à vontade de ser deputado federal é isso. Quero ajudar nisso: onde se cria as leis, onde se trabalha a parte ideológica do País, que é no Congresso Nacional. É nesse ponto que costumo brigar com todo mundo, porque nossas leis são brandas demais. Não tem punição. Eu vejo que o que a sociedade anseia é que a pessoa tenha punição similar ao crime que cometeu. Tem que ter um nivelamento. O que vemos hoje é que a pessoa comete um crime, toma uma atitude ruim e a punição não fica à altura daquilo que ela fez. Isso estimula outra pessoa a cometer outro crime, porque não há punição. Então, é fundamental enrijecer o Código Penal Brasileiro. Sou contra, por exemplo, a progressão de pena. Você pegou 10 anos de cadeia por um erro, por que sair com três? Está errado. Você tem que saber que se fez algo errado, vai pagar. É assim que a gente é educada em casa.

 

Alair Ribeiro/MidiaNews

Rafael Ranalli

"O que vemos hoje é que a pessoa comete um crime, toma uma atitude ruim e a punição não fica à altura daquilo que ela cometeu"

MidiaNews – Na semana passada, uma empresária de Cuiabá foi sequestrada e um policial quase assassinado por um homem que deveria estar preso, pois já havia sido condenado por vários crimes, inclusive homicídio. Como vê esse episódio e a situação da Segurança do Estado?

 

Rafael Ranalli – O principal medo da sociedade hoje é a insegurança. Uma mãe de família leva os filhos na escola e o marido não sabe se ela volta segura para casa. Você não sabe se seu filho vai chegar bem na escola, se vão roubá-lo ou matá-lo antes. E dependendo da escola, tem traficante lá dentro. Está um caos. Caos é a palavra que define a Segurança Pública no Brasil.

 

MidiaNews – É a favor da população se armar contra bandidos?

 

Rafael Ranalli – Eu defendo o armamento da população de bem. Não é todo mundo que vai andar armado, é quem quiser e puder. Quando se fala em armamento, acham que todos vão andar armados e que isso aqui vai virar um bang-bang. Mas não é assim. Primeiro, você terá que entrar nos requisitos legais, como nunca ter respondido nada, ter aptidão técnica e psicológica e ter autorização da Polícia Federal. E tendo uma legislação penal agressiva, que puna, o cara vai pensar duas vezes em usar erroneamente esta arma. O cara que quer uma arma de fogo, não a quer para cometer crime. Quem quer para cometer crime, já está na rua, que é o exemplo do sequestro. Eles estavam armados, feriram nosso colega no rosto. Eu costumo dizer que nós, policiais, andamos com um alvo no meio das costas. Homem, quando é assaltado, por exemplo, sabe que a primeira coisa que o bandido manda é levantar a camiseta para ver se está armado. E se tiver armado, vai morrer, policial vai morrer. Isso está errado. Então, se policial está sendo perseguido por bandido, imagina o cidadão. Costumo falar o quanto a sociedade é hipócrita. Quando há briga de casal, acidente de trânsito, entre outros, o primeiro a ser chamado é a Polícia, mas na hora de meter o pau, o primeiro a receber aqueles adjetivos negativos é a Polícia. Isso temos que combater. Mas a gente vive um quadro de insegurança e esse é um dos principais motivos que nos fizeram entrar nessa briga.

 

MidiaNews – Culparia a gestão do governador Pedro Taques em Mato Grosso?

 

Alair Ribeiro/MidiaNews

Rafael Ranalli

Rafael Ranalli: "Eu defendo o armamento da população de bem"

Rafael Ranalli – É um problema muito mais amplo, porque a insegurança não é um problema local, não é só de Mato Grosso, mas sim nacional. No Rio de Janeiro, por exemplo, já morreram 120 colegas este ano. Em um País sério, por exemplo nos Estados Unidos, se morre um policial, para a cidade. A cidade para, é luto oficial. A Polícia é a última fronteira para o caos.

 

Temos que ter uma política pública nacional que incentive Estados que não têm tanta capacidade financeira a ter uma tropa mais qualificada. Como um policial em Mato Grosso ganha um valor e lá no Acre ou Amapá ganha bem menos? Ele é o mesmo policial, que sai de manhã para defender os outros. A questão de equipamentos é algo bastante discutido atualmente por conta da baixa qualidade do armamento. E o mercado é fechado. Não tem cabimento você colocar um policial na rua e dar uma arma que, ao acionar o gatilho, a munição pode não ser deflagrada ou sair pela culatra. São inúmeros problemas que vão além do âmbito estadual. E nesse ponto, queremos brigar.

 

Em relação à gestão Pedro Taques, somos muito cautelosos em falar sobre algum político em específico, porque ainda estou na função e amanhã ou depois posso estar trabalhando em alguma investigação. Então, sou reticente em falar em algum nome porque está dentro da nossa área de atuação. E, depois, posso acabar respondendo a algum procedimento administrativo.

 

MidiaNews – Defende que o Estatuto do Desarmamento seja revogado?

 

Rafael Ranalli – Sim, defendo o armamento. Se tivermos um Código Penal a contento, que puna a atitude ilícita, nada impede o cidadão de bem de ter uma arma de fogo. Quando criaram o desarmamento, o cidadão de bem começou a ficar desarmado, mas o bandido não. Ele compra arma ilegal. Um estudo do Mapa da Violência mostra que o Estado com menos assassinatos por arma de fogo no Brasil é o que mais tem arma de fogo legal habilitada, que é Santa Catarina. Vejam então que há uma falácia de quanto mais arma, mais gente morre. Lá nos Estados Unidos temos mais um exemplo: quanto mais arma, menor é a violência no Estado. Aqui no Brasil, este ano batemos 62 mil pessoas mortas e não se pode ter arma.

 

Eu acredito que o cidadão de bem, cumprindo requisitos legais, aptidão física e psicológica, tendo mais de 18 anos, sendo capaz, não respondendo ação penal ou inquérito policial, pode andar armado. O cara, tendo discernimento, que ande com um tanque na rua. Pelo menos, eu sei que um cidadão de bem está armado. Te garanto que se essa mãe de família sequestrada tivesse sido vista por um cidadão de bem armado, essa situação teria sido evitada.

 

E entra nisso o fato de que se precisa aumentar o aspecto da legítima defesa. Tem que se aumentar esse entendimento. Outro dia, um bandido entrou em uma casa, levou um tiro e morreu. A pessoa estava se defendendo do assalto. Não quer morrer, não assalte, não roube. O cidadão de bem tem que ter o amparo judicial e legal para poder se defender, para que, se alguém invadir sua casa, tentar roubar um bem seu, pode dispor dos meios que tiver para se defender. E depois, ter a certeza que o Estado não irá te perseguir, porque você tem o direito de se defender.

 

MidiaNews – A saída não seria uma melhor fiscalização para que não haja a venda de armas ilegais e a entrada delas pela fronteira do País?

 

Rafael Ranalli – Sim. Isso é questão de Segurança Pública. Tem que coibir o tráfico de armas na fronteira, aumentar a punição para quem tem uma arma ilegal. Mas isso não pode impedir o acesso à arma legal. Uma coisa não inviabiliza a outra. Eu apoio essa maior fiscalização das fronteiras, sabemos que a do nosso Estado é uma das principais rotas do tráfico mundial. Mas isso não interfere na questão do armamento. Pelo contrário, acho que uma coisa corrobora com a outra.

 

MidiaNews – É a favor da pena de morte no Brasil?

 

Rafael Ranalli – Eu não sou a favor da pena de morte no Brasil, porque acho que a gente não tem essa maturidade. Defendo que o bandido seja punido a contento. Defendo a prisão perpétua. Não precisa ser a Lei de Talião e arrancar uma vida, mas quero vê-lo pagar. Então, defendo uma lei penal mais rígida. A progressão de pena, por exemplo, é um absurdo. Se você pegar 30 anos de cadeia, tem que cumprir 30 anos de cadeia. Aí, o cara, quando for pensar em matar alguém, sabe que vai pegar 30 anos de cadeia. Então, independe da arma, depende da punição. Bandido só respeita o que ele teme, e hoje em dia ninguém teme nada.

 

Alair Ribeiro/MidiaNews

Rafael Ranalli

"O cidadão de bem tem que ter o amparo judicial e legal para poder se defender"

MidiaNews – O senhor também acredita que a Polícia poderia combater crimes com mais efetividade não fosse a atuação de grupos de direitos humanos?

 

Rafael Ranalli – Sim! O que a gente tem visto é que os grupos de direitos humanos têm se preocupado com o oposto ao que o cidadão de bem pensa. Um exemplo dessa interferência é a audiência de custódia. Está rolando um vídeo no WhatsApp que mostra que a preocupação nessas audiências é saber se o preso apanhou, se a polícia foi truculenta, se ele se sentiu ofendido com a ação dos policiais. Hoje, tem policial que não vai mais para rua, tem medo de perder o emprego. Se um bandido desses denunciá-lo, acusá-lo falsamente, a tendência é o policial responder [a inquérito]. E tudo isso graças a essa política de direitos humanos. Quando você protege o cidadão de bem, não precisa de política de direitos humanos. Você já está protegendo o cidadão de bem. Bandido não precisa de proteção, pois abriu mão disso a partir do momento em que transgrediu a lei.

 

MidiaNews – Então, acredita que há uma inversão de valores nesses grupos?

 

Rafael Ranalli – Esse é o ponto. Queria saber qual o grupo de direitos humanos foi lá na família do colega cabo Lauro César, que morreu este mês esfaqueado; qual grupo foi lá na família do policial Civil Sidney Ribeiro, baleado no rosto em confronto tentando salvar a empresária sequestrada; quero ver fazendo vaquinha para ajudar essa família. Quero ver esses grupos de direitos humanos defendendo o amparo jurídico do policial. Porque o policial não tem esse amparo. Se ele está lá na linha de frente e alvejar alguém, vai responder por isso. Quem está ali na linha de frente não é o Ranalli, é o policial federal Ranalli. O Estado me colocou lá com a arma na mão e tem que me dar um amparo jurídico. O que temos hoje é um desamparo, tanto que os colegas não vão para cima, não colocam a cara com medo disso.

 

MidiaNews – A PF, à qual o senhor pertence, tem uma boa imagem no País. Mas por que o mesmo não ocorre com a Polícia Militar? Por que os PMs são mal vistos por alguns setores da sociedade?

Rafael Ranalli – Eu atribuo isso a essas políticas de direitos humanos, o politicamente correto, essa briga do Estado colocar a população contra a Polícia, quando não se dá o amparo legal ao agente. Eu tenho uma admiração enorme pela PM. Acredito que a PM é a última fronteira para o caos. Um exemplo é o que aconteceu no Espírito Santo, quando a PM entrou em greve. Aquilo virou um caos. Mãe de família levando filho para assaltar. O policial é amigo de todo mundo. Só não é amigo se for bandido. Essa imagem que tem da Polícia foi descontruída com os anos no País. Lá nos Estados Unidos, o policial é admirado, param para tirar foto com ele. Aqui, olham torto. Mas na hora que precisa, chama.

 

MidiaNews – Recentemente, o senhor afirmou que “bandido bom, é bandido morto, de preferência em pé para não ocupar espaço”. Não acha que uma frase destas pode ser interpretada como incentivo à violência, à justiça com as próprias mãos?

 

Rafael Ranalli – Não! Pelo contrário. Quando disse isso foi analisando a situação do cidadão de bem versus o bandido. Se você tiver uma arma apontada na sua cara por um bandido, vou torcer para que você reaja e elimine essa ameaça. Neste ponto, bandido bom é bandido morto, sim! Tem que repelir a ameaça e você não vai repelir com a política dos direitos humanos. Se pedir para sentar e conversar, você vai apanhar, ele vai te matar, pegar sua família. Violência não se combate com florzinha. Violência se elimina com violência. Ele tem que ter medo. Tem que ser proporcional, claro. Se for um ladrão de margarina, tem que ter punição à altura. Ninguém está falando para ter uma barbárie. Ninguém vai sair matando bandido. Ele tem que responder por aquilo que fez. Essa é a mensagem que fica. Hoje, ninguém tem o direito de ir e vir, ninguém sai andando à toa na rua. Ninguém tem coragem de fazer isso, porque as pessoas sabem que serão assaltadas, vão enfiar uma arma na sua cabeça. E aí você vai tratar esse cara com carinho? Vai adotá-lo? Não! Ele merece punição.

 

MidiaNews – O senhor será candidato no mesmo partido que o deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República. Como o senhor o avalia?

 

Rafael Ranalli – Quando procurei uma aproximação político-partidária, fui pelo perfil do Bolsonaro. A minha linha ideológica converge com a dele, por exemplo, nessas questões da punição ser a contento, a falta da família hoje em dia… É isso que olho e as pessoas, geralmente, não entendem. Ninguém quer interferir no seu direito individual. O seu direito é seu. Queremos, sim, te proteger para poder usufruir desse direito. Então, o admiro, sim. Ele é família, é sincero, honesto, não está envolvido em questões de corrupção. Ele também vai bater nessa questão de Segurança Pública. Ele não se importa com alianças políticas, não está interessado em agradar ninguém. Quer do lado dele quem vai ajudar. São coisas que me agradam, porque penso igual.

 

Alair Ribeiro/MidiaNews

Rafael Ranalli

"Quando procurei uma aproximação político-partidária, fui pelo perfil do Bolsonaro. A minha linha ideológica converge com a dele"

MidiaNews – Mas acha que ele tem a capacidade de administrar o Brasil, mesmo tendo pouco conhecimento em setores importantes como a economia?

 

Rafael Ranalli – Acredito que sim. Porque há um aspecto mais amplo. Eu também não sou especialista em economia, em medicina. O político tem que saber administrar o todo. O Enéas [Carneiro] era alguém de quem tiravam sarro nos anos 80 e hoje todo mundo fala que seria o melhor presidente do Brasil. Ele era médico, economista, físico, mas nunca ganhou. Queremos um presidente para administrar, para população ver e tê-lo como exemplo. O que me espanta é ter um País que teve uma economista que faliu uma empresa de R$ 1,99, quebrou a Petrobras, um presidente analfabeto, e ninguém falar nada. Agora, a pessoa é capitão do Exército, é parlamentar… Mostra como as coisas neste País estão invertidas. O que temos é que torcer é para o Bolsonaro colocar alguém capacitado na economia, uma pessoa que entenda de medicina no Ministério da Saúde. E, principalmente, queremos que a máquina seja enxugada. O Brasil não precisa de 38 ministérios. São 12 ou 15 no máximo. Ninguém aguenta carregar 38 Pastas. E outra: podemos ser conservadores na parte comportamental, mas economicamente nós somos liberais. O mercado se regula. É a mínima interferência do Estado na economia.

 

MidiaNews – Acredita que há uma crescente onda de conservadorismo no País ou se setor só está mais barulhento?

 

Rafael Ranalli – Há um crescimento, justamente pela grande insatisfação desse quadro de inversão de valores. A família está desrespeitada, a religião está desrespeitada. Na parte de segurança, quem defende o cidadão de bem é o conservador, que quer a família dele crescendo e sendo livre para fazer o que desejar. O conservadorismo é isso. Está crescendo e vai crescer muito mais. Veja aonde chegou esse negócio solto e sem regras.

 

MidiaNews – Então, os candidatos ditos conservadores terão uma vitória expressiva nas eleições do ano que vem?

 

Rafael Ranalli – Não posso falar em vitória expressiva, mas serão bem aclamados. Eu me coloco como um desses da direita conservadora, porque nós, que somos pais de família, vemos que chegamos a um ponto que não dá mais. O pessoal está voltando para a direita, porque viu que a esquerda não deu. Não deu. Quebrou financeiramente e ideologicamente. Ninguém mais tem regra, ninguém respeita mais. Não existe mais conceito de família. Não queremos mais isso.

Midia News.

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