Com a vitória do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, como pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá pelo União Brasil, as atenções dos analistas políticos se voltam para a federação do PT, do PV e do PCdoB, que ainda enfrenta uma situação de indefinição em relação ao pleito de outubro.
O PT tem notado que as divergências internas têm se tornado cada vez mais perceptíveis e há a perspectiva de que isso aumente até abril, quando será dada uma decisão sobre o nome a ser apresentado aos outros partidos da federação e ao grupo de apoio ao presidente Lula.
A questão parecia estar resolvida com a decisão do diretório municipal, que, após longa discussão, decidiu convocar delegados para escolher o pré-candidato da sigla. O deputado estadual Lúdio Cabral foi o vencedor do processo.
No entanto, a direção estadual do PT apresentou uma argumentação de que a decisão será deliberada pela Executiva nacional, que terá a responsabilidade de definir os rumos do partido nos municípios em que há a possibilidade de uma segunda eleição.
Dessa forma, a ex-deputada federal Rosa Neide, que ocupa a vice-presidência da Conab, é a petista que tem a maior proximidade com a cúpula nacional.
Lúdio ou Rosa Neide ainda terão pela frente uma discussão com os outros partidos do grupo progressista. O Partido dos Trabalhadores (Partido dos Trabalhadores) deve indicar o nome do vice-prefeito José Roberto Stopa, que, apesar da proximidade com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), tem a ambição de ser o seu sucessor no Palácio Alencastro.
Além das siglas da federação, a escolha deve ser aprovada pelo PSD, que é presidido em Mato Grosso pelo ministro Carlos Fávaro (Agricultura) Após se frustrar pelo não-aceitável convite de Botelho, o ministro aceitou a convocação de Lula para caminhar junto com o grupo na capital e em outras importantes cidades de Mato Grosso.
O Psol e a Rede, que se juntaram numa federação, também discutem a possibilidade de seguir a tendência nacional e compor com o PT. A composição do Psol em Cuiabá seria uma inovação, uma vez que os últimos pleitos tiveram um histórico de candidaturas em bloco.
