A viúva, condenada por matar o companheiro, cita filhas menores e solicita o domicílio. O Tribunal de Justiça nega

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

A viúva Ana Cláudia de Souza Oliveira, que tramou a execução do seu marido, Toni Flor, em 2020, em frente a uma academia de Cuiabá, teve a sua solicitação de prisão domiciliar indeferida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Ana não demonstrou interesse em cuidar das filhas, uma vez que mandou matar o pai.

A relatoria coube ao desembargador Gilberto Giraldelli. A maioria dos membros da Terceira Câmara Criminal rejeitou o agravo de instrumento interposto pela defesa de Ana, que pretendia cumprir a pena em sua própria residência. A decisão colegiada foi tomada no último dia 20.

Ana cumpre pena de homicídio qualificado em regime fechado. A requerente solicitou a detenção em sua residência, uma vez que possui três filhas menores. Em primeiro grau, o requerimento foi negado e interpôs recurso ao Tribunal de Justiça do Estado, uma vez que a decisão foi proferida sem a devida fundamentação.

No entanto, o argumento foi rejeitado pelo Tribunal, uma vez que, apesar de sua prole ser menor de idade, ela não demonstrou que sua presença seria imprescindível para os cuidados das crianças, que estão sendo devidamente acompanhadas pela avó.

Outro ponto levantado pelo relator foi que Ana planejou a execução do marido e pai das filhas, o que revelou o descuido e a indiferença em relação à educação das crianças, características que impedem a permissão da Justiça para que ela cumpra a pena em casa.

Ana Claudia foi condenada por homicídio por motivo desnecessário, com recurso que impessou a defesa da vítima, concurso de agentes e contra o cônjuge, qualificadoras presentes no Código Penal. Além de Ana Claudia, também se pronunciaram os vereadores Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva, Ediane Aparecida da Cruz Silva e Sandro Lúcio dos Anjos da Cruz Silva.

A denúncia de que, por volta das 7 horas, Toni Flor foi atingido por um tiro disparado por Igor Espinosa, sob a supervisão de Ana. A mulher teria sido auxiliada por Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.

De acordo com a investigação, Toni da Silva Flor e Ana Claudia de Souza Oliveira Flor estavam casados há 15 anos, tendo três filhas. No entanto, o casamento vinha sofrendo com os problemas de relacionamentos extraconjugais da acusada. Alguns dias antes de sua execução, Toni havia anunciado a intenção de se divorciar.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto