O investigado em uma operação já foi condenado a 39 anos de prisão; A esposa também foi alvo

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Um dos alvos da Operação La Catedral foi identificado como Janderson dos Santos Lopes, de 30 anos, conhecido como Cowboy. Ele já foi investigado em outras duas operações e chegou a ser condenado a 39 anos de reclusão. A esposa dele, Thais Emilia Siqueira, também foi presa.

Jarderson já foi investigado nas operações Três Estados e Red Money pelos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

O investigado abriu empresas, comprou uma frota de caminhões com reboques e semirreboques; imóveis em Cuiabá, Primavera do Leste e Poxoréu; e veículos de luxo para ele e para sua esposa, que também foi presa.

Além disso, ele ostenta em rede social uma vida de alto padrão, compartilhando imagens de seus caminhões, carros, construções imobiliárias e também de gado bovino, como se fosse um cidadão livre.

Operação La Catedral

A equipe de investigação apurou que o criminoso tinha autorização judicial para trabalhar externamente e frequentar faculdade em Primavera do Leste. No entanto, no período de investigação, a equipe policial constatou que ele não compareceu ao trabalho e nem às aulas do curso.

No ano passado, a Delegacia Regional de Primavera do Leste instaurou investigação para apurar supostas irregularidades na cadeia pública local, conforme apontado em correição realizada pelo Tribunal de Justiça em 2022. No inquérito, foi relatada a existência de um esquema de corrupção na venda de benefícios dentro da unidade prisional que incluíam, principalmente, a autorização de trabalho externo e alojamento privilegiado na cadeia.

Entre os pagamentos de propinas para o diretor da cadeia pública foi apurado que Janderson Lopes teria transferido R$ 20 mil, por intermédio de outras pessoas, para conseguir trabalho externo. Além dele, outros presos também teriam feito pagamentos para o trabalho extramuros.

Movimentação financeira

Dados analisados do relatório de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) demonstraram transações realizadas entre os próprios investigados, corroborando, assim, os vínculos típicos de associação criminosa.

Entre fevereiro de 2022 e novembro do ano passado foram feitas movimentações bancárias em valores que vão de 485 mil a 24 milhões de reais. Além das transações entre si, os investigados também receberam créditos e efetuaram depósitos em contas bancárias de presos ou familiares de presos.

“Esses relatórios evidenciam uma atividade típica de movimentação financeira associada à lavagem de capitais, uma vez que pessoas sem qualquer tipo de vínculo, seja pessoal, profissional ou geográfico, realizaram transferências bancárias em quantias significativas”, pontuaram os delegados Honório Neto e Rodolpho Bandeira, da Derf de Primavera do Leste.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto