O Ministério Público cita a repercussão midiática e solicita o sigilo em um processo sobre a execução de irmãs por suposto ato do PCC

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Ministério Público Pede Sigilo em Processo sobre Assassinato de Irmãs em Mato Grosso

O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do procurador de Justiça Pedro Facundo Bezerra, solicitou a decretação de sigilo no processo que investiga a prisão em flagrante de quatro suspeitos envolvidos na morte de Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos. As irmãs foram vítimas de uma execução brutal atribuída ao Comando Vermelho em Porto Esperidião, Mato Grosso.

A solicitação foi feita na terça-feira (24) e aguarda decisão da Vara Única de Porto Esperidião. O promotor de Justiça justificou o pedido de sigilo devido à grande repercussão nacional do caso, amplamente divulgado pela mídia em diversas plataformas, como telejornais e sites de notícias.

“O interesse da sociedade sobre o caso é compreensível, dada a cobertura midiática extensa. No entanto, qualquer informação divulgada sem controle pode comprometer as investigações, que ainda estão em andamento”, afirmou o promotor.

Facundo Bezerra destacou que a decretação de sigilo é crucial para garantir o bom andamento das investigações e evitar que informações vazadas prejudiquem a busca pela verdade. “Requeremos a decretação de sigilo dos autos e de todos os seus correspondentes, considerando a extrema necessidade para preservar a eficácia da investigação criminal”, concluiu.

O caso

Rayane e Rithiele Alves Porto foram assassinadas na madrugada de 14 de setembro, após saírem de uma festa em Porto Esperidião. As irmãs estavam acompanhadas de dois rapazes quando foram rendidas por criminosos e levadas para uma casa no centro da cidade.

No local, as irmãs foram brutalmente torturadas e mortas com golpes de faca. Um dos jovens também foi torturado, tendo uma orelha e parte de um dedo mutilados. O segundo rapaz sequestrado conseguiu fugir, pulando o muro da casa e pedindo socorro.

De acordo com a investigação inicial, o crime foi motivado por uma foto que as irmãs teriam tirado dias antes, fazendo um gesto que supostamente fazia alusão a uma facção rival dos autores do crime.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto