O Banco Central anunciou, nesta quinta-feira (5), a criação de um limite máximo de R$ 15 mil para operações via Pix. A medida surge após uma série de ataques orquestrados por organizações criminosas, que vinham utilizando o sistema de transferências instantâneas em ações de sequestro-relâmpago, extorsão e golpes digitais.
Segundo a instituição, a decisão busca reforçar a segurança dos usuários e reduzir a exposição ao risco em situações de crime. O teto valerá para pessoas físicas e jurídicas, tanto em transferências entre contas quanto em pagamentos em estabelecimentos comerciais.
Em nota, o BC destacou que o Pix continua sendo “um dos meios de pagamento mais seguros e ágeis do mundo”, mas que o aumento da sofisticação de quadrilhas exigiu novas barreiras de proteção. Além do limite, o sistema terá mecanismos de monitoramento reforçados para identificar operações suspeitas e travar transações em tempo real.
Especialistas em finanças avaliam que a medida pode gerar impacto nas grandes movimentações de empresas e profissionais autônomos, que agora precisarão recorrer a meios tradicionais como TED ou DOC para valores superiores. Já para o cidadão comum, a mudança tende a ter efeito positivo na redução da vulnerabilidade em assaltos e sequestros.
O Banco Central também informou que os limites poderão ser ajustados futuramente, conforme a evolução dos índices de criminalidade e da adaptação do mercado.
Com mais de 165 milhões de usuários ativos, o Pix se consolidou como principal ferramenta de pagamento no Brasil. Agora, o desafio será equilibrar praticidade e segurança diante da crescente pressão do crime organizado sobre o sistema financeiro.